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    Sexta-feira Santa

    Os Evangelistas não marcam com precisão a passagem da quinta a sexta-feira santa, também porque eles tinham uma forma diferente de marcar o começo e o fim do dia. Por isso começaremos a falar da agonia de Jesus, que certamente começou na Quinta-Feira Santa. Depois seguiremos descrevendo, seguindo os Evangelistas, o que aconteceu na Sexta-Feira Santa.

    Igreja

    15.04.2022 07:00:00 | 5 minutos de leitura

    Sexta-feira Santa


    Agonia:

    Chegando ao monte das Oliveiras, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago, enquanto os outros Apóstolos ficaram um pouco mais longe; e começou a sua agonia.

    - Jesus começou a aterrorizar-se e a angustiar-se (Mc 14, 33).

    - “Então disse a eles: “Minha alma está numa tristeza de morte. Fiquem aqui e vigiem”. Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se por terra pedindo ao Pai que, se fosse possível, afastasse dele àquela hora. Ele rezava: “Abba! Pai! Tudo é possível para ti! Afasta de mim este cálice! Contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres”" (Mc 14,34-36).

    - Depois Jesus buscou consolo dos seus amigos, que encontrou dormindo (Mc 14,37-38).

    - Afastou-se de novo e repetiu a mesma oração. Num certo momento “seu suor se tornou como gotas de sangue que caiam no chão” (Lc 22,44).

     

    Prisão:

    - Voltando da agonia Jesus encontra os Apóstolos dormindo. E diz para eles vigiarem e rezarem “para não cair na tentação” (Mc 14,38).

    - Depois disse de levantarem-se porque se aproximava o traidor (Mc 14,42).

    - Chega Judas com uma multidão armada de espadas e paus. O traidor, com um beijo, trai o Mestre (Mc 14,43-50).

    - Pedro puxa a espada e corta a orelha de um soldado que foi imediatamente curado por Jesus (Mc 14,47).

    - Levam Jesus preso que convida os soldados a deixar livres os Apóstolos (Jo 18,8).

     

    Processo religioso:

    O sumo sacerdote Anás interrogou Jesus sobre a sua doutrina. E Jesus responde que falou publicamente e que todo mundo sabia o que Ele pensava. Um dos guardas dá uma bofetada em Jesus (Jo 18,19-23).

    - Apresentam-se várias testemunhas falsas (Mc 14,55-59).

    - Por fim o sumo sacerdote pergunta: “Tu és o Messias, o Filho de Deus?” Jesus responde: “É como você acaba de dizer. Além disso, eu lhes digo: de agora em diante, vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens”. Então o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes, e disse: “Blasfêmia! O que vocês acham?" Responderam: “É réu de morte!” (Mt 26,63-66).

    - Jesus ficou duas ou três horas nas mãos dos soldados que se portaram barbaramente com Ele (Mt 26,67-68; Mc 14,65; Lc 22,63-65).

    - Pedro olhando Jesus profundamente transtornado recordou a profecia do Mestre sobre a sua traição e chorou o seu pecado (Mc 14,66-72).

    - Desespero e morte de Judas (Mt 27,3-10).

     

    Processo civil:

    Os hebreus não podiam matar ninguém sem a autorização das autoridades romanas. Por isso, de manhã cedo levam Jesus ao imperador romano Pilatos para que o condene à morte. Pilatos deu-se conta de que Jesus era inocente e queria libertá-lo buscando diversos meios que não deram certo. Entre os quais são os seguintes.

    - Mandou Jesus a Herodes (Lc 23,6-12).

    - Escutou o sonho da esposa (Mt 27,19).

    - O fez flagelar (Jo 19,1-3).

    - Deixou que o torturassem (Mc 15,16-20).

    - Propôs a libertação de um condenado (Jesus ou Barrabás) (Mt 27,15-26).

    - Por fim Pilatos diz: “Aqui está o Rei de vocês”. Mas o povo gritou: “Fora! fora! Crucifica! Crucifica” (Jo 19,14-16).

    - Então Pilatos entregou Jesus para que fosse crucificado, depois de ter-se lavado as mãos (Mt 27,24-25).

     

    Via Sacra:

    Jesus está cansado, sem força, destruído. O oficial romano obriga um homem de Cirene (o Cirineu) a levar a cruz porque tinha medo de que Jesus morresse no caminho enquanto ele tinha a ordem de matá-lo no Calvário, numa cruz.

    Em meio de tanta crueldade, um exemplo de bondade. As mulheres de Jerusalém choram vendo Jesus passar carregando a cruz. (Lc 23,27-31).

     

    Crucifixão:

    Mais ou menos ao meio-dia crucificaram Jesus em meio a dois ladrões. Em baixo muitos o insultavam (Lc 23,27-31).

    Desde o alto de Cruz Jesus pronunciou sete palavras:

    - “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo” (Lc 23,34)

    - Ao ladrão Jesus disse: “Eu lhe garanto: hoje mesmo você estará comigo no Paraíso” (Lc 23,43) 

    - “Mulher, eis ai o seu filho..., Eis ai a sua Mãe” (Jo 19,26-27)

    - “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34)

    - “Tenho sede” (Jo 19,28)

    - “Tudo está realizado” (Jo 19,30)

    - “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Dizendo isso expirou (Lc 23,46).

     

    Mateus acrescenta. “Imediatamente a cortina do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu, e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos santos falecidos ressuscitaram. Saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa, e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram com muito medo, e disseram: “De fato, ele era mesmo Filho de Deus” (Mt 27,51-54).

    Ao entardecer, José de Arimatéia foi pedir o corpo de Jesus para sepultá-lo. “Os chefes dos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos, e disseram: “Senhor, nós lembramos que aquele impostor, quando ainda estava vivo, falou: “depois de três dias eu ressuscitarei”. Portanto mande guardar o sepulcro até o terceiro dia, para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo, e digam ao povo: “Ele ressuscitou dos mortos”. Então essa última mentira seria pior do que a primeira” (Mt 27,62-64).

    E Pilatos enviou uns guardas para guardar o sepulcro de Jesus.

     

    Padre Odorico Filippo, psdp

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