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São João Calábria visita-nos com a sua estola

São João Calábria viveu como padre uma estima ilimitada por todas as vocações, aquelas para a vida consagrada e sacerdotal, bem como para a missão dos leigos na Igreja e na Obra, recordando constantemente o Batismo como o maior dos dons recebidos, e base de qualquer chamamento para estar ao serviço do Reino de Deus.

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28.07.2023 06:00:00 | 8 minutos de leitura

São João Calábria visita-nos com a sua estola

A amada estola, que tantas vezes beijou antes de vestir, fazia parte da sua pessoa enquanto sacerdote, uma vocação aceita e tão laboriosamente perseguida.  Desde criança queria ser padre, e o Senhor levou a sério este seu desejo, concretizando-o principalmente através da ajuda de Padre Pietro Scapini, reitor da Igreja de San Lorenzo. Mas nem mesmo o próprio Padre João Calábria poderia imaginar o quanto aquela estola se tornaria um sinal de Igreja vivida ao serviço dos pobres, mostrando o laço inseparável que existe entre a celebração e a vida, entre a vocação e a missão. 
 
São João Calábria fala-nos com a sua estola 
 
"Se eu voltasse para trás..." Quantas vezes pensamos, ou talvez até o dissemos, algumas vezes. Esta estola nos recorda incansavelmente de amar a nossa vocação, seja lá qual for.  

São João Calábria viveu como padre uma estima ilimitada por todas as vocações, aquelas para a vida consagrada e sacerdotal, bem como para a missão dos leigos na Igreja e na Obra, recordando constantemente o Batismo como o maior dos dons recebidos, e base de qualquer chamamento para estar ao serviço do Reino de Deus. 

O seu amor pela Igreja motivou-o a promover caminhos ecumênicos, a desejar uma grande reforma para a Igreja, e a exortar os leigos a encontrarem novos meios, adaptados aos tempos, a proclamarem o Evangelho e a trazerem almas a Jesus. 

Podemos também aprender a amar a Igreja, num discipulado tão entusiasta, fiel e ao mesmo tempo criativo? 

DOS ESCRITOS DE SÃO JOÃO CALÁBRIA:
  
“Meu Deus, procurai corresponder, preparar-vos na oração e no escondimento para o grande dia da vossa ordenação sacerdotal. Sempre temi ter muitos padres: antes poucos e santos do que muitos e medíocres. O sacerdote é luz e sal da terra. Devemos ser luz e sal deste pobre mundo que está nas trevas e espera de nós, Sacerdotes a salvação e luz! Exige de vós o que não exigem dos outros. O mundo precisa de santos sacerdotes, verdadeiros imitadores de Nosso Senhor Jesus Cristo, evangelhos vivos. Ai de nós se não formos tudo isso, ai de nós se não correspondermos! Que o Senhor derrame suas bênçãos sobre vós e todos os seus entes queridos. Rezai por mim.” (Exortação às investiduras clericais, 2-11-1944) 
 
“Quantas almas que para salvar-se pedem sacerdotes segundo o Coração do Bem-aventurado Jesus, segundo o Santo Evangelho! Diga a Jesus para me fazer todo Seu, para corresponder às Suas misericórdias, para ser uma vítima a fim de cumprir Sua santa Vontade, sacrificando tudo pela maior Glória de Deus, pela salvação de minha alma e das almas.” (Ao Mons. Giuseppe Manzini, 3-17-1912) 

“Amados irmãos, que não esteja escrito somente na entrada da Casa o Quaerite primum regnum Dei, o “Não vos angustieis” (cf. Mt 6,24-34), mas que ele esteja escrito em nossa mente, em nosso coração, em nossas ações. Busquemos Deus, abandonemo-nos a Ele. 

Lembremo-nos bem que no momento em que a nossa fé vacilar, em que diante de uma dificuldade, de uma provação, de uma necessidade, nós desconfiarmos e nos deixarmos conduzir pela prudência humana, perdendo de vista o Senhor, a sua glória, as almas, então a Providência irá se retirar, deixando tudo para nós; e nós, o que poderemos fazer? Estragaremos, destruiremos. Oh, por favor, que não aconteça tamanha desventura! E não acontecerá nunca, vamos esculpir bem isso em nossa mente, se nós formos fiéis ao grande divino programa de buscar o santo Reino de Deus, vivendo a vida de fé, observando por amor as nossas santas Regras.  

E a esse, ó queridos, estão ligados os outros grandes desígnios que Deus cumprirá ao longo dos tempos. E desígnios de Deus, são acima de tudo, recolher aqueles bons filhinhos que Deus chama a si, ao seu serviço, com a vocação sacerdotal, e que não encontram apoios porque são pobres. Oh, que grande Obra, essa! Formar sacerdotes segundo o Coração de Deus, que vivam “more Apostolorum, sine pera, sine sacculo; gratis accepistis, gratis date”. Disso também Satanás sabe e o deduz, e vai tentar todos os caminhos possíveis para arruinar esse projeto. Ó queridos, todos nós procuremos dar a nossa contribuição de caridade, de defesa, de auxílio! 

Mas a Obra dos sacerdotes não seria completa sem a Obra dos irmãos. E eis o segundo grande desígnio: formar irmãos cheios de fogo, de amor de Deus, que se espalhem por todos os lugares, acendendo, com o bom exemplo e com a palavra, o espírito evangélico, educando as pobres crianças abandonadas, sem meios, sem auxílios, e formando assim bons cristãos, honestos trabalhadores e ótimos pais de família. [...]

Outro grande desígnio de Deus são as Missões. Sim, meus queridos, Deus as quer, mas as quer ligadas sempre ao grande programa: Quaerite... Se formos fiéis, se amarmos a Deus, virá um dia, não distante, que desta áurea Obra destacar-se-ão blocos que serão o fundamento da obra divina de levar o santo evangelho a tantas e tantas pobres almas que nunca ouviram falar de Deus, de Jesus Cristo, da vida eterna. 

Oh, como é vasto o nosso programa, que deve “curar tudo aquilo que está enfermo, reencontrar aquilo que estava perdido, ressuscitar tudo aquilo que estava morto”, na ordem sobrenatural! Diante de tudo isso, queridos, oh, como devemos humilhar-nos e ao mesmo tempo agradecer a bondade de Deus por ter escolhido para seus instrumentos nós e não outros, dando-nos como que a garantia dos grandes prêmios que nos dará, terminada a nossa jornada! (Carta aos Religiosos - Quaresma 1934) 

DOCUMENTOS DA IGREJA:
 
Do Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre Juventude, Fé e Discernimento Vocacional (27 de outubro de 2018) 

81. Muitos jovens são fascinados pela figura de Jesus, cuja vida lhes parece boa e bela, porque pobre e simples, feita de amizades sinceras e profundas, gasta generosamente pelos irmãos, nunca fechada a ninguém, mas sempre aberto a dar. Ainda hoje, a vida de Jesus permanece profundamente atraente e inspiradora; é para todos os jovens uma provocação que desafia. A Igreja sabe que isso se deve ao fato de que Jesus tem um vínculo profundo com cada ser humano, porque "Cristo, que é o novo Adão, precisamente ao revelar o mistério do Pai e do seu amor revela também plenamente o homem a si mesmo e ai manifesta a sua sublime vocação» (cf. Gaudium et spes, n. 22). 
 
82. Com efeito, Jesus não só fascinou com a sua vida, mas também explicitamente chamou à fé. Encontrou homens e mulheres que reconheceram nos seus gestos e nas suas palavras a forma certa de falar de Deus e de se relacionar com Ele, acedendo àquela fé que conduz à salvação: «Filha, a tua fé te salvou. Vá em paz!" (Lc 8:48). 
 
Outros que o conheceram foram chamados para se tornarem seus discípulos e testemunhas. Ele não escondeu daqueles que querem ser seus discípulos a necessidade de tomar a sua cruz todos os dias e de segui-lo no caminho pascal de morte e ressurreição. A fé testemunhal continua viva na Igreja, sinal e instrumento de salvação para todos os povos. 
 
A pertença à comunidade de Jesus sempre conheceu diferentes formas de seguimento. A maioria dos discípulos vivia sua fé nas condições ordinárias da vida cotidiana; outros, ao contrário, incluindo algumas figuras femininas, compartilharam a existência itinerante e profética do Mestre (cf. Lc 8,1-3); desde o início os apóstolos tiveram um papel particular na comunidade e foram associados por ele em seu ministério de orientação e pregação. 
 
Mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações (8 de maio de 2022):

A palavra "vocação" não deve ser entendida em sentido restritivo, referindo-se apenas a quem segue o Senhor no caminho de uma determinada consagração. Todos somos chamados a participar da missão de Cristo de reunir a humanidade dispersa e reconciliá-la com Deus. De modo mais geral, toda pessoa humana, mesmo antes de experimentar o encontro com Cristo e abraçar a fé cristã, recebe com o dom da vida um apelo fundamental: cada um de nós é uma criatura querida e amada por Deus, para a qual Ele teve um pensamento único e especial, e somos chamados a desenvolver esta centelha divina, que habita no coração de cada homem e de cada mulher, ao longo de nossas vidas, contribuindo para o crescimento de uma humanidade animada pelo amor e pelo acolhimento mútuo. Somos chamados a ser guardiões uns dos outros, a construir laços de harmonia e partilha, a curar as feridas da criação para que a sua beleza não seja destruída. Em suma, tornar-se uma só família na maravilhosa casa comum da criação, na harmoniosa variedade dos seus elementos. Neste sentido amplo, não só os indivíduos, mas também os povos, as comunidades e as agregações de vários tipos têm "vocação". 

Nesta grande vocação comum insere-se o apelo mais particular que Deus nos dirige, alcançando a nossa existência com o seu Amor e orientando-a para a sua meta última, para uma plenitude que ultrapassa até o limiar da morte. É assim que Deus quis olhar e olha para a nossa vida. 

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Fonte: Jubilee-Book

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