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    Padre Dalvir Zanatta - Aceito o desafio de ser padre!

    A Equipe da Revista A Ponte fez entrevista com o Padre Dalvir Zanatta, acompanhe seu testemunho vocacional!

    Testemunhos

    20.04.2021 11:04:14 | 9 minutos de leitura

    Padre Dalvir Zanatta - Aceito o desafio de ser padre!

    Dalvir Zanatta nasceu no dia 26 de agosto de 1949. Filho de Elso Antônio Zanatta e Matilde Mattuella Zanatta ambos in memoriam. Moravam na localidade Cinco da Boa Vista, Garibaldi, atualmente Carlos Barbosa/RS. Família de 10 irmãos (6 homens e 4 mulheres), destes, 3 são padres Pobres Servos: Pe. Ibanor, Pe. José e Pe. Dalvir.

    Por muito tempo sua família viveu na roça onde cultivavam parreiras. Uma família pobre, porém, trabalhadora e unida. Seus pais eram de muita fé, voltavam da roça, jantavam e após rezavam o santo terço em família. Nos Domingos era sagrado ir na Santa Missa ou no culto.

    Padre Dalvir diz que “não gostava muito de ir na roça, e o papai e a mamãe quando souberam disso, me deixavam em casa para cuidar dos pequenos”. Recorda que não queria ir à escola no primeiro dia de aula, e se escondeu atrás dos parreirais, perto do bambuzal, mas o pai o encontrou e o mandou ir à escola. Na qual fez amizades e começou a gostar de estudar.

    História Vocacional

    O desejo de ser padre, segundo Pe. Dalvir, nasceu nele desde pequeno. Quando tinha por volta dos 10/11 anos partilhou com os pais que queria ser padre. Inicialmente era para entrar no seminário diocesano em Caxias do Sul/RS. Depois por meio das campanhas vocacionais nas comunidades feita por um Frei Franciscano, iria entrar em Daltro Filho/RS. Mas passou pela escola em que estudava um padre Pobre Servo no ano de 1963 e fez a proposta para entrar no Seminário.

    No dia 12 de fevereiro de 1964, sem fazer estágio vocacional, Dalvir ingressa no COV em Porto Alegre, com 14 anos. Em 1965 continua seus estudos no Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio em Farroupilha e o ensino científico em Caxias do Sul.

    Durante o período vocacional a frase Bíblica que o inspirava era do profeta Jeremias: “Ah! Senhor Iahweh, eis que eu não sei falar, porque sou ainda criança” (Jr 1,6). Padre Dalvir comentou que esta frase expressa a sua dificuldade, “não sei falar”, mas mesmo com essa realidade confirma que “a graça de Deus age na gente. Deus está ao nosso lado”.

    No ano de 1972 iniciou os estudos de Filosofia em Viamão. Em 1973 viveu o período intenso do Noviciado, sendo Mestre dos noviços Padre Gaetano Gecchele, em Farroupilha.

    No dia 2 de fevereiro de 1974, realizou a Primeira Profissão Religiosa, completou assim, neste ano, 45 anos de vida Religiosa. Em 1974 Irmão Dalvir retornou os estudos de Filosofia em Caxias do Sul. Enquanto estudava morava no Seminário e era assistente de uma turma de seminaristas.

    Em 1976 iniciou os estudos de Teologia em Porto Alegre. Terminando estes estudos surgiu mais uma vez a dúvida vocacional: Irmão ou Padre? Um novo discernimento... Padre Dalvir responde: “Eu saí de junto do pai e da mãe dizendo que ia ser padre, primeiro diocesano, depois franciscano e após Pobre Servo. Então, agora vou aceitar o desafio de ser padre”.

    A ordenação diaconal ocorreu no dia 21 de outubro de 1980 e a Ordenação presbiteral no dia de Santo André, 30 de novembro de 1980. Padre Dalvir recorda: “Assim como Pedro, João e Tiago não tinha condição de ser apóstolo cinco estrelas, então escolhi Santo André, porque ele era aquele que levava as pessoas a resolver os problemas com Jesus. Eu não sei resolver o problema, mas ali tem o fulano que sabe resolver os problemas de vocês.”

    A devoção a Nossa Senhora neste período vocacional era muito forte. Padre Dalvir afirma que “pedia muito a intercessão de Nossa Senhora para ajudar a realizar a minha vocação, para permanecer firme na fé, forte na fé. Principalmente na oração do terço”, salientou.

    História Missão

    Após a ordenação diaconal foi transferido a Farroupilha, no Seminário e neste período ajudava também no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio. Pe. Dalvir recorda que “foi uma experiência muito boa, por causa da fé do povo, das diversas culturas. O povo me entusiasmava muito. O trabalho pastoral, com as pessoas que precisavam de ajuda espiritual, era incentivo para continuar a caminhada”. Neste período também ajudou na voz do santuário, programa na rádio do Santuário.

    A partir de 1982 atuou como vigário na Paróquia Nossa Senhora da Misericórdia - Restinga. Padre Dalvir relembra que “foi uma experiência muito boa, consegui crescer muito na fé e na atividade pastoral. Com Padre Ângelo Gaio (pároco), na época estavam construindo a Igreja, a participação do povo era muito boa. Conhecemos pessoas fantásticas... ainda hoje tem algumas pessoas que continuam participando, que estão envolvidas.”

    A primeira missão fora do estado ocorreu em 1988, no Estado do Mato Grosso do Sul, com Padre Ângelo Maschi (pároco), na Paróquia Santo Antônio, em Batayporã. Padre Dalvir recorda que “o povo é muito bom, participativo, era uma alegria ser pastor, padre, na cidade e nas comunidades rurais. Pessoas que me ajudaram muito na minha vocação, que me mantinham alegre, firme na missão.”

    No ano de 1990 foi transferido para o COV em Campo Grande, responsável pelos vocacionados. Pe. Dalvir lembra de um momento de grande alegria deste período, quando viu o Papa João Paulo II de perto em Campo Grande/MS.

    Em 1993 estava presente na Paróquia São João Batista, Bataguassu. Juntamente com o Pe. Ângelo Maschi (pároco).

    A Congregação, respondendo ao pedido do Bispo da Diocese de Rio Grande, Dom José Mário Stroher, pediu ao Padre Dalvir para iniciar a missão nestas terras, com o objetivo de desenvolver um trabalho com os meninos de rua, e possivelmente uma atividade paroquial, tendo em vista a escassez do clero diocesano. E assim, em fevereiro de 1996, assumiram a Paróquia Santa Teresa. Juntamente com Padre Cláudio Bianchet (na época Irmão) e Irmão Docimar Gnoatto. Pe. Dalvir partilha: “trabalho muito bonito, feito pelos Irmãos, eles começaram a chamar os jovens, por meio do futebol, para envolvê-los, depois levaram os na Igreja, na pastoral, e as meninas ficaram com ciúmes e começaram a participar de encontros e formaram um grupo de jovens”. Durante a semana começou-se o trabalho com meninos de rua, mas o maior problema nesta época era com os dependentes químicos.

    Outros lugares, em que Pe. Dalvir passou foram: Quixadá (2000); Nova Andradina e Taquarussu (2004); COV de Campo Grande (2010).

    No ano de 2013, Padre Dalvir foi transferido para a Rede de Comunidades São Francisco de Assis em Erechim. O pároco era Pe. Gianni Menegazzi. Foi uma missão muito significativa, pelos desafios que aí encontrei e a fraternidade do clero diocesano.

    Antes de ser enviado em missão à Paróquia Nossa Senhora da Misericórdia, desde 2017 em Porto Alegre, passou ainda por Ponta Porã (2014) na abertura da missão; mais uma vez pelo COV de Campo Grande/MS (2015) e Paróquia N. Sra. das Graças/BA (2016).

    Lema da Ordenação e da vida religiosa:

    “Ide por todo mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15)

    Padre Dalvir resume todos esses anos de missão dizendo que “trabalhando nas paróquias, COV, encontrou pessoas fantásticas que ajudaram no crescimento, fortalecimento da fé e da missão. Pessoas que entusiasmavam a vocação, faziam andar com ânimo e coragem sem medo dos desafios. Os religiosos Pobres Servos foram um exemplo muito bonito, leigos e leigas também ajudaram.”

    História Ser religioso Pobre Servo da Divina Providência

    Durante o período de formação, Pe. Dalvir comenta que pode conhecer melhor a Congregação, nos mínimos detalhes, encantou-se cada vez mais pelo carisma. Viver disposto a tudo, fé na Paternidade de Deus, sentir a presença de Deus que cuida de cada um de nós... crescer na Confiança na Divina Providência. No início não entendia direito o que significava tudo isso, mas com o passar do tempo, com a ajuda dos irmãos, foi-se esclarecendo a espiritualidade, este jeito de ser. Os Irmãos cada gesto que aparecia da providência, comunicavam aos formandos, para que pudéssemos agradecer por meio da oração da Coroazinha à Divina Providência. Pe. Dalvir assim afirma: “Pode aparecer dificuldades, desafios, mas Deus nunca nos abandona”. Tudo isso marcou muito a sua vida. Pe. Dalvir prossegue: “O espírito de família também incutiu muito em mim. Não éramos pessoas estranhas, mas sim filhos do mesmo Pai, ver-nos como irmãos. Senso de responsabilidade nas coisas pequenas, que São João Calábria falava, ter zelo, cuidado, não só com as coisas grandes... crescia nesses valores.”

    Padre Dalvir partilha 2 frases de São João Calábria, que sempre leva no coração:

    “Deixem tudo, mas não deixem as práticas de piedade” (São João Calábria)

    “Ou se crê ou não se crê, se não se crê rasga-se o Evangelho” (São João Calábria)


    Qual a Importância do carisma para a Igreja e o mundo?

    Padre Dalvir responde: “o carisma dos Pobres Servos é muito bonito, riquíssimo. Interessante como Deus escolhe pessoas certas na hora certa para colocar um carisma dentro da Igreja. Este carisma é uma das prioridades que o mundo precisa dar atenção. Nós somos esses sinais que apontam esse carisma, não vão ser os outros que vão indicar o caminho para encontrar esses valores que São João Calábria colocou ao fundar a Congregação dos Pobres Servos. É um Carisma atualíssimo.”

    Mensagem do Padre Dalvir Zanatta:

    “Importante crer em Deus, sentir a presença, porque Deus sempre está nos chamando. Deus nunca se esquece de nós. E ele quer contar com a nossa colaboração. Por isso é necessário termos o espírito aberto, o coração aberto para receber a mensagem que Ele nos quer transmitir. E nós temos uma missão grandíssima. Somos encarregados da mensagem divina, de levá-la até os nossos irmãos e irmãs que necessitam receber as bênçãos divinas. Os desafios são muitos, mas nós podemos enfrentá-los com serenidade e confiança na Divina Providência. Sendo fiel a mensagem de Deus certamente conseguiremos enfrentar qualquer tipo de desafio. Não há desafio que não possa ser superado, basta acreditar que a força de Deus é bem maior que as nossas fraquezas.”

    Fonte: Revista A Ponte, Ed. 4, 2019.
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