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    Hospital Divina Providência celebra 25 anos

    O Hospital Divina Providência, nasceu de um sonho, Sonho de Dom Aristides Pirovano que, juntamente com seu amigo Dr. Marcelo Candia, dedicou parte de sua vida em prol dos moradores da ex colônia de tratamento da hanseníase.

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    29.08.2022 20:46:46 | 9 minutos de leitura

    Hospital Divina Providência celebra 25 anos

    Breve história do HOPITAL DIVINA PROVIDÊNCIA

    A colônia de Marituba foi fundada em 1942 com o objetivo de internar e isolar cidadãos portadores da hanseníase. Com a sua extinção na década de 80, causada pela descoberta do tratamento da doença em nível ambulatorial, houve um redirecionamento das entidades públicas na prestação de serviços aos doentes internados. Muitos serviços de assistência foram supridos com muitas dificuldades pelas organizações sociais, principalmente as vinculadas com a Igreja Católica. Neste período, destaca-se o protagonismo de Dr Marcelo Candia e Dom Aristides Pirovano iniciando atividades sociais, pastorais e sanitárias, de fundamental importância para a comunidade de modo geral e de reintegração dos internos da ex-colônia.

    Pode-se imaginar o problema que tinham os moradores da Colônia de Marituba para terem acesso aos serviços de saúde dos quais eles tinham necessidade diariamente. Por serem portadores da hanseníase, os pacientes não eram bem aceitos quando precisavam de atendimento hospitalar ou até mesmo de um exame ou uma consulta em Belém, a capital do estado, pois, as pessoas portadoras do mal de Hansen eram estigmatizadas e desta forma encontravam muitas restrições pelo medo que as outras pessoas tinham do contágio. Talvez as restrições que estamos tendo que suportar agora com a pandemia causada pelo CORONAVÍRUS nos dê uma ideia de como viviam as pessoas com hanseniase de forma permanente e não somente numa quarentena. 

    Desta forma, Dom Aristides, capelão da Colônia, carregou esta dor dos doentes que ali se encontravam e idealisou a construção de um Hospital para que eles tivessem uma assistência digna.

    Em 1991, quando a Congregação PSDP assumiu as atividades de Marituba, assumiu, também, o compromisso de construir o Hospital. O projeto inicial era construí-lo na área interna da Colônia, mais precisamente na frente do antigo hospital, hoje Centro de Diagnóstico Ignácio Gabriel. Inclusive, neste local, Dom Aristides já havia iniciado as fundações para a construção. Porém, com a chegada dos PSDP viu-se que o terreno era muito pequeno para atender a programação arquitetônica de um hospital geral e não permitiria uma futura ampliação, e além do mais, por orientação técnica, construir na área dos abrigados estava-se reforçando a reclusão em um momento que a politica era de reintegração dos hansenianos na sociedade e o hospital a ser construido deveria dar assistência a toda a população e não somente aos hansenianos.

    Quando chegou ao conhecimento de Dom Aristides, prontamente ele procurou outro local mais amplo para a construção do seu sonho.  Então, depois de dias procurando, decidiu que seria onde está construído. Este terreno era uma chácara, que pertencia a uma associação de hansenianos, que com o apoio de Dom Aristides, desenvolvia atividades agrícolas e criação de peixes, frangos e diversos animais.

    O Hospital, foi projetado com a participação de representantes da comunidade local e após um profundo estudo da situação epidemiológica e dos serviços existentes na região; todas as etapas, desde o planejamento até sua operacionalização, foram feitas em parceria com as instituições públicas da área da saúde, principalmente com a equipe técnica da Secretaria de  Estado de Saúde Pública. 

    No dia 23 de fevereiro de 1992, após a celebração da missa na igreja Nossa Senhora de Nazaré, Dom Aristides abençoou a pedra fundamental do novo hospital. A ideia era que saíssemos em procissão da igreja até o terreno para colocação da pedra. No entanto, a chuva intensa que caiu naquela manhã não permitiu que isso acontecesse. 

    E por conta das chuvas fortes que caíram naquele ano, a construção só teve início em 13 de abril de 1992 e foi concluída em 20 de junho de 1996. 

    Iniciou suas atividades em 1997 pelo serviço de radiologia com a chegada do primeiro aparelho de Raio-X, doado pela Congregação na Itália, naquela ocasião iniciamos fazendo os exames dos pacientes do Abrigo João Paulo II, terminando ali a dificuldade que existia para aqueles pacientes se locomoverem até Belém para a realização desses exames.  Em julho do mesmo ano foram contratados os primeiros técnicos necessários para a implantação dos serviços hospitalares, que aconteceu em 1º de setembro com a abertura das clínicas pediátrica e médica, em seguida, abrimos a clínica obstétrica, depois a clínica cirúrgica e após dois anos o hospital já estava totalmente em operacionalização com a abertura da UTI. Devido a sua operacionalização ter acontecido gradativamente, a inauguração oficial aconteceu em 29 de agosto de 1998. 

    A última visita de Dom Arisitides Pirovano a Marituba ocorreu em 1996, mesmo não participando da sua inauguração, ele pode ver seu sonho realizado. Nem um ano depois de sua morte o hospital foi aberto e os hansenianos já podiam ser atendidos dignamente.

    O Hospital Divina Providência nasceu com o objetivo de integrar-se ao sistema público de saúde para dar aos cidadãos, principalmente aqueles com dificuldades econômicas, de Marituba e região, um serviço de saúde técnico e humano de qualidade. Estas metas têm sido alcançadas graças a alguns fatores que a Providência Divina colocou a disposição desta atividade, entre as quais podemos destacar as parcerias com instituições públicas e privadas, amigos benfeitores, gestão colegiada e principalmente a equipe de profissionais que compõe o quadro de colaboradores do hospital. Nenhum serviço de saúde atinge seu objetivo se a equipe técnica não for competente. O Hospital Divina Providência possui o título de Hospital Amigo da Criança, presta serviços de alta complexidade e muitos serviços especializados, por méritos principalmente de uma equipe técnica que abraçou a causa preconizada por este projeto. Há de se destacar que 62 % dos colaboradores do Divina são  residentes de  Marituba.

    Apesar das dificuldades enfrentadas para desenvolver um projeto com estas características, ele se desenvolveu, talvez, porque nunca se desviou de seu objetivo principal, que é de estar a serviço das pessoas que mais precisam, e se assim continuar, esta atividade tem possibilidades de acompanhar o desenvolvimento e crescimento da região. 

    Na assistência ambulatorial, oferece atendimento nas seguintes especialidades: Anestesiologia, Angiologia, Cardiologia, Clínica geral, Dermatologia, Endocrinologia, Fonoaudiologia, Gastroenterologia, Geriatria,  Ginecologia e Obstetrícia, Hepatologia, Infectologia, Mastologia, Medicina do trabalho, Nefrologia, Neuropediatria, Neurologia, Neurocirurgia, Nutrição Clínica, Oftalmologia,  Otorrinolaringologia, Pediatria, Pneumologia, Proctologia, Traumato-ortopedia, Urologia. 

    Na assistência hospitalar, além das quatro clínicas básicas, oferece atendimento nas seguintes especialidades: cirurgia geral, cirurgia buco-maxilar, cabeça e pescoço, cirurgia vascular, neurocirurgia, otorrinolaringologia, proctologia, traumato-ortopedia, urologia e cirurgia oncológica.

    Na área de apoio ao diagnóstico e terapia, oferece serviços de diagnóstico por imagem (angiotomografia, broncoscopia, colonoscopia, colposcopia, ecocardiograma, endoscopia digestiva alta e baixa, vídeolaringoscopia, mamografia, radiologia, retossigmoidescopia, tomografia, ultrassonografia e urografia excretora), diagnostico por métodos gráficos (audiometria, 
    eletrocardiograma, eletroencefalograma, impedanciometria, mapa, teste ergométrico e prova de função respiratória) e Laboratório de análises clínicas.  

    A formação dos colaboradores é um dos pontos fortes do HDP. Com o serviço de Educação Continuada, o Hospital oferece atualização profissional permanente a seus colaboradores. Este setor está integrado com a Pastoral da Saúde que oferece formação carismática e acompanha espiritualmente tanto os pacientes quanto os colaboradores. 

    Através do serviço de ouvidoria, o hospital tem um canal aberto com seus clientes internos e externos que propicia a busca constante da eficiência através das pesquisas de satisfação dos usuários. 

    Em 2016, o hospital voltou a integrar a rede estadual de saúde, por meio de convênio com o Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública, o qual incluiu o Hospital Divina Providencia na Rede regionalizada e hierarquizada de atenção a saúde da região metropolitana I regimentado pelo documento descritivo do convênio onde consta a contratação de 87 leitos de internação para o SUS, nos quais estão inclusos leitos de: pediatria, clinica médica, cirurgia geral, ginecologia,  obstetrícia clinica e cirúrgica, UTI adulto, UCI – neonatal, cirurgia de média e alta complexidade em trama ortopedia e neurocirurgia, além de 20 leitos de terapia renal substitutiva. 

    Muito foi feito, porém ainda há muito por fazer, segundo o arquiteto Jarbas Karman o “hospital é uma obra inacabada”. Não falamos aqui somente do espaço físico, mas, sobretudo da constante atualização tecnológica  e educação continuada das pessoas que uma atividade como esta deve buscar para acompanhar  o acelerado processo de evolução da medicina

    O Hospital continua investindo, com ajuda de benfeitores e instituições não governamentais, na reestruturação física e atualização tecnológica, para ampliar os serviços e assim atender a demanda crescente da região de abrangência e adequar-se à legislação em vigor.  Em 2016 foi inaugurado o novo centro obstétrico. Em 2018 concluiu-se o novo centro cirúrgico com cinco salas cirúrgicas das quais duas serão destinadas exclusivamente para cirurgias de grande porte de traumato-ortopedia e neurocirurgia, a nova UTI para pacientes adultos com capacidade para 10 leitos e a UTI neonatal com 10 leitos.  O centro de parto normal tem 5 quartos para PPP (Pré-parto, Parto e Puerpério) e capacidade total de 26 leitos. Foram reformadas as áreas do pronto atendimento e as alas de internação.

    A Congregação constituiu o Setor “Sistema Calabriano de Saúde” para criar  sinergia entre os hospitais da Congregação e o Divina está inserido nesta rede. 

    Nestes 25 anos o Hospital se manteve a “altura dos tempos” como dizia, na sua época, São João Calabria, que deveria ser o hospital de Negrar. 

    A Divina Providência foi e é muito pródiga com o HDP, onde graças a presença de pessoas com uma forte identificação com o Carisma da Congregação, sempre foi possível superar as crises advindas, que não foram poucas. A pandemia, por exemplo, foi um tempo de sofrimento e dor, mas também de doação e superação.

    Sabemos que o HDP nao veio somente para prestar um serviço junto a outras atividades de saúde pública ou privada, mas tem uma mensagem Evangélica a transmitir a sociedade de hoje. Com o lema “Eu vim para que todos tenham vida...” o HDP responde um chamado Evangélico, “Ide curai os enfermos...”.

    Assista ao Documentário completo, clicando aqui.


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