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Homilia na Missa de abertura dos XII Capítulos Gerais

Maguzzano 8 de maio de 2022

Espiritualidade Calabriana

08.05.2022 15:43:00 | 5 minutos de leitura

Homilia na Missa de abertura dos XII Capítulos Gerais

Padre Miguel Tofful 
Casante

Queridos irmãos e irmãs no Senhor,

Neste Quarto Domingo da Páscoa, encontramos na liturgia da palavra, especialmente no Evangelho, a imagem do Bom Pastor, e por isso conhecido como Domingo do Bom Pastor e dia mundial de oração pelas vocações.

À luz desta imagem da Palavra de Deus, gostaria de oferecer algumas ideias sobre o tema dos nossos Capítulos Gerais, "a profecia da comunhão", para que se concretize cada vez mais na nossa vida e na vida de toda a Família Calabriana.

Quando vemos um rebanho de ovelhas com o pastor, ou olhamos uma imagem das ovelhas, sempre as vemos todas unidas, mesmo que sejam todas diferentes umas das outras. Onde está o segredo de sua unidade e comunhão? Quem os mantém juntos?

Um primeiro aspecto da comunhão é a escuta, a escuta da voz. A passagem diz: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz". Uma profecia de comunhão que nasce da escuta do Senhor. Entrar em sintonia com Ele, com sua voz que nos reúne e nos identifica. Deixando-nos conhecer profundamente por Ele. Uma escuta que gera movimento dinâmico, sair em viagem, acolher a diversidade e nos sintonizar com sua voz para descobrir e discernir isso, o que Ele quer de nós, para a Família Calabresa de hoje, qual é o seu sonho. Esta primeira dimensão da profecia da comunhão é muito importante, porque nos põe em sintonia para ouvi-lo, conhecê-lo e seguir sua voz. Esta atitude cria um espaço interior de escuta mútua. Porque ouvindo o Senhor podemos perceber mais facilmente os outros.

Uma segunda dimensão da comunhão é o seguimento de Jesus, Bom Pastor. O Evangelho diz: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz e me seguem". Uma profecia de comunhão que nos ajudará a seguir Jesus, não cada um seguindo seu próprio caminho fazendo o que quer e como quer, mas em uma única direção segundo a vocação de cada um, tendo um único objetivo. Isso nos ajudará a responder ao nosso chamado, vocação e missão dentro da Família Calabriana. Seguir Jesus como consagrados, como sacerdotes, como leigos. Esta é a beleza das várias vocações da Família Calabriana. Seguir a sua voz no amor ao próximo, especialmente aos mais pobres e abandonados. Seguir Jesus onde Ele está presente, nos muitos pobres que encontramos nos diversos lugares onde nos encontramos e trabalhamos. Uma profecia de comunhão que nos ajuda a viver a nossa identidade carismática, a nossa pertença e a missão que nos foi confiada. Seguir Jesus cria uma profunda comunhão entre nós.

Enfim, uma profecia de comunhão que nos oferece a possibilidade de estarmos juntos em torno da pessoa de Jesus para não sermos arrancados de suas mãos e das mãos do Pai. O trecho evangélico nos lembra: “… ninguém pode arrebatá-los da mão do Pai”. Jesus nos une ao Pai a ponto de nos dar a vida em plenitude. A profecia da comunhão ajuda-nos a viver em unidade e relação com o Pai, a procurar o seu Reino, anunciando o seu amor e a sua Providência. A verdadeira comunhão se realiza no Pai. Estar unidos para que ninguém nos arrebata das mãos do Pai significa permanecer nesta comunhão profunda com Ele e entre nós. Esta é a unidade que é guardada e procurada. Esta é a comunhão que dá frutos de vida nova. Esta é a profecia de comunhão que devemos transmitir ao mundo nas realidades que encontramos tão fragmentadas. Somos convidados a construir o dom da unidade, comunhão e fraternidade que nos une a todos ao Senhor. São João Calábria disse que temia apenas uma coisa, não estar unido ao Pai e entre nós. Se não vivermos a comunhão com facilidade o inimigo nos arrebata da mão do Pai e perdemos aquela força profética que brota de sua Páscoa.

Começar nossos Capítulos Gerais com um tema tão importante iluminado pela palavra do Evangelho de hoje é aceitar o convite para viver a profecia da comunhão na escuta, seguindo o Bom Pastor a ponto de nunca sermos arrebatados de suas mãos e viver uma profunda comunhão com Ele. “Eu e o Pai somos um”. Este é o ápice da comunhão, tornar-se um na Trindade.

Espero sinceramente que nossos Capítulos Gerais, preparados há muito tempo e agora celebrados juntos, nos ajudem a trilhar este caminho, caminhando juntos. A comunhão não é um ponto de partida, mas a meta a alcançar graças à abertura do coração no caminhar juntos, na escuta, no seguimento de Jesus, na consciência de que nada pode nos arrebatar da mão do Pai e ser testemunhas do seu amor em o mundo. A comunhão não é para ser feita, é para ser descoberta, é o espaço para a adesão plena a Cristo.

Invocamos o Espírito Santo em oração nestes dias como Família Calabriana.

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