Fé na Divina Providência
Lembremo-nos que a divina Providência é uma terna mãe, que tudo dispõe para o nosso bem, aliás, para o nosso maior bem. Devemos sentir-nos levados pelas suas mãos maternais.
Espiritualidade Calabriana
19.10.2023 08:00:00 | 3 minutos de leitura

Oh, se realmente vivêssemos as grandes verdades da nossa fé: o inefável mistério da Encarnação, o Presépio, o Calvário, a Eucaristia, Deus no meio de nós, conosco, em nós! São mistérios que deveriam raptar-nos num êxtase de correspondência e de amor. As pregações não são mais ouvidas, mas se os homens vissem essas verdades realmente vividas, quão felizes e santas impressões teriam!
Mas onde, meus queridos e amados irmãos, iremos buscar essa fé viva a não ser nas puras fontes do santo Evangelho? Por isso, muitas vezes eu lhes disse e repeti que precisamos ser outros Cristos e Evangelhos vivos, para sermos faróis de luz para a pobre humanidade que se move cambaleante nas densas trevas de tantos erros, no lamaçal de tantos vícios. É como se fosse o eco do comando de Jesus bendito: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16). Observem como Jesus, nessas palavras, evocando Deus em seu pensamento, o chama de Pai, aliás, de Pai nosso.
Quero dizer, meus queridos irmãos, que a fé verdadeira e genuína considera Deus não só como criador e Senhor, mas sobretudo como Pai.
Fé, portanto, na Paternidade de Deus, e consequentemente confiança ilimitada, filial abandono à divina Providência, que é característica toda particular da nossa Obra, um dos ensinamentos que o Senhor quer dar por meio dela ao mundo.
Lembremo-nos que a divina Providência é uma terna mãe, que tudo dispõe para o nosso bem, aliás, para o nosso maior bem. Devemos sentir-nos levados pelas suas mãos maternais.
É verdade que muitas vezes é preciso sofrer, e naturalmente somos conduzidos a experimentar algum desânimo; não nos admiremos. Também Jesus conheceu a tristeza, o tédio e o medo, chegando a rezar ao Pai para que afastasse dele o cálice amargo, mas acrescentando que se entregava à sua paterna vontade.
Agora nós vemos só a urdidura do trabalho e o avesso do bordado, e pode nos parecer que tudo esteja confuso. Todavia, quando pudermos ver o trabalho concluído e como ficou o bordado, então se manifestará a nós plenamente a magnífica e maravilhosa obra que eles representam.
Ora, se a divina Providência cuida de todos, observem bem, amados irmãos, ela está vigiando sobre nós com um cuidado todo particular, na medida em que formos fiéis ao grande e divino programa.
Será que nós tivemos sempre, até aqui, uma grande fé, um abandono pleno e total à divina Providência? Espero que sim, mas se por suma desgraça isso não aconteceu, neste momento, nesta circunstância solene, vamos reavivar a nossa fé e prometamos viver em conformidade com ela.
São João CalábriaTrecho do Livro Retornemos ao EvangelhoPara ler os demais trechos publicados, clique aqui.
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