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Conheça o Acolhimento Institucional da Rede Calábria

A Rede Calábria, por meio do acolhimento institucional e do Serviço de Família Acolhedora em parceria com o poder público, transforma realidades ao oferecer proteção, afeto e novas oportunidades de vida para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Notícias

03.04.2025 09:02:37 | 6 minutos de leitura

Conheça o Acolhimento Institucional da Rede Calábria

Com atuação nos municípios gaúchos de Viamão e Porto Alegre, o acolhimento institucional de crianças e adolescentes da Rede Calábria — uma das atividades da Delegação Nossa Senhora da Congregação Pobres Servos da Divina Providência — é desenvolvido em parceria com o poder público local. Os beneficiários são crianças e adolescentes de 0 a 18 anos que tiveram seus direitos violados e foram afastados do convívio familiar e/ou comunitário por determinação do Poder Judiciário, até que possam retornar à família de origem, serem adotados ou permanecerem acolhidos até atingirem a maioridade. Com carinho, zelo e dedicação, as equipes da Rede Calábria atuam para garantir que essas crianças e adolescentes tenham uma nova oportunidade: um recomeço com segurança, dignidade e alegria durante sua estadia na instituição.

A Rede Calábria, que atua há 63 anos em Porto Alegre, possui mais de 20 anos de experiência nessa modalidade de acolhimento, contribuindo para a transformação de muitas vidas. Trata-se de uma atividade que expressa os valores deixados por São João Calábria, visando acolher e promover a vida com amor e esperança.

Porto Alegre conta com 18 casas lares

Na capital gaúcha, o acolhimento institucional se dá por meio do modelo de casa-lar, com a presença de uma figura parental: o pai e a mãe social. A equipe técnica especializada da Rede Calábria presta suporte integral às casas, assegurando um atendimento de qualidade e atento às necessidades dos acolhidos.

As crianças e adolescentes vivem nas casas como em uma verdadeira família, recebendo afeto, atenção e todos os cuidados essenciais diante das situações de vulnerabilidade que enfrentaram.

Ao longo dos mais de dez anos de atuação em Porto Alegre, inúmeras crianças foram adotadas ou puderam retornar ao convívio de suas famílias de origem, reescrevendo suas histórias com esperança.

Em 2024, o acolhimento na cidade recebeu 90 novas crianças e adolescentes, dos quais 41 retornaram às suas famílias, 40 foram adotados e 1 foi desligado por atingir a maioridade.

A equipe técnica da Rede Calábria também colabora com a elaboração de relatórios que avaliam o processo de reintegração familiar, ajudando o Poder Judiciário a decidir se o retorno está sendo positivo para a criança ou adolescente.

Quando o retorno à família de origem não é possível, é iniciado o processo de preparo para a adoção, com busca por uma família substituta no Cadastro Nacional de Adoção – tema abordado mais adiante.

Viamão possui 6 casas lares e abrigo residencial

No município de Viamão, a Rede Calábria atua em seis casas lares, com capacidade para atender até 60 crianças e adolescentes. Em 2024, foram acolhidas 33 novas crianças e adolescentes, 19 retornaram às suas famílias de origem ou extensa e 8 foram adotadas.

No Abrigo Residencial Cisne Branco, também em Viamão, houve 77 novos ingressos, 8 adoções, 1 desligamento por maioridade e 15 retornos à família de origem ou extensa.

O acolhimento institucional oferece moradia provisória para crianças e adolescentes em situação de abandono ou cujas famílias estão, temporariamente, impedidas de exercer suas funções de cuidado e proteção.

Esses jovens recebem atendimento personalizado, inseridos em uma rotina que simula o ambiente familiar, com acesso à educação, saúde, atividades socioeducativas, profissionalização, esportes e lazer, utilizando os recursos disponíveis na comunidade.

Como ensinou São João Calábria, as unidades de acolhimento devem ser chamadas de “casas”, para expressar o espírito de fraternidade, cuidado e promoção integral da vida presente em cada projeto da Obra.

Serviço de Família Acolhedora de Porto Alegre também é destaque

O Serviço de Família Acolhedora, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, permite que famílias voluntárias, previamente cadastradas e capacitadas, acolham por tempo determinado crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por medida protetiva.

Com cinco anos de execução, o serviço já proporcionou experiências transformadoras. Em 2024, houve 14 novos ingressos e 9 desligamentos para famílias substitutas ou por adoção.

No mês de março, foi vivenciado um momento emocionante com a chegada de um recém-nascido ao serviço. O bebê será cuidado com amor e carinho pela Sra. Claudete, que, mais uma vez, abriu as portas de sua casa e de seu coração para acolher.

A entrega dos kits de acolhimento e o acompanhamento técnico reforçaram o compromisso da equipe da Rede Calábria com a qualidade do atendimento. “Estava muito ansiosa por essa chegada. Vamos cuidar com muito carinho”, afirmou Claudete. Já a coordenadora do serviço, Solange, destacou a importância de mais famílias aderirem ao programa: “Fazemos o convite para que mais pessoas de Porto Alegre conheçam o programa e façam seu cadastro”.

Para se tornar uma família acolhedora, é necessário ter mais de 18 anos, residir em Porto Alegre e contar com o consentimento de todos os membros da casa. Acesse o site para saber mais

Números do acolhimento no Brasil evidenciam a importância do serviço

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há atualmente 34.331 crianças e adolescentes acolhidos no Brasil. No Rio Grande do Sul, são 3.854 acolhidos, dos quais 451 estão aptos à adoção.

O levantamento destaca um importante desafio: a adoção tardia. A maioria dos pretendentes à adoção prefere crianças de 0 a 8 anos, enquanto grande parte das crianças acolhidas está na faixa de 9 a 17 anos.

O RS é o terceiro estado brasileiro com maior número de acolhidos, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. A Rede Calábria responde por uma parcela significativa desse atendimento, atualmente com 214 crianças e adolescentes acolhidos nas diversas unidades.

Em 2024, os dados mostram que:
• 75 retornaram às famílias de origem;
• 65 foram adotados;
•2 foram desligados por maioridade.

Com isso, o índice de desligamentos entre os acolhidos chegou a 66%, refletindo o impacto positivo e transformador do trabalho da Rede Calábria.

Adoção: um novo capítulo de amor e responsabilidade

Quando o retorno familiar não é viável, o acolhimento institucional, com apoio técnico, inicia o processo de preparo para a adoção. Um dossiê completo da criança é elaborado, contendo imagens, histórico e perfil. A família adotante também produz seu dossiê, pois a criança é considerada protagonista deste novo capítulo.

A adoção é um ato de amor e responsabilidade. Ao oferecer um lar, a família substituta possibilita um recomeço, acolhendo com afeto e garantindo pertencimento e estabilidade.

Muitas das crianças acolhidas já passaram da primeira infância. A adoção tardia representa a chance de construir uma família mesmo quando a infância já avança para a adolescência.

Mais do que generosidade, adotar é um compromisso de vida, que exige preparo, paciência e acolhimento incondicional.

Saiba mais sobre os caminhos da adoção no site do CNJ

Fonte da matéria e fotos: Rede Calábria.

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