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    Com os olhos da fé – Óculos de São João Calábria

    Continuando nosso percurso de fé, vamos conhecer mais sobre esta relíquia.

    Notícias

    20.07.2023 16:42:35 | 7 minutos de leitura

    Com os olhos da fé – Óculos de São João Calábria

    São João Calábria nos visita com os seus óculos 

    Estes tipos óculos usados por São João Calábria não se sustentam nas orelhas, como os que conhecemos, mas eram os chamados "óculos pince-nez".  As lentes eram ligadas por um pequeno mecanismo de mola, que apertavam os óculos no nariz e assim permaneciam fixos. Para evitar que escorregassem das mãos, estavam amarrados com um fio, que também podia ser agarrado ao pescoço.  

    Este tipo de óculos foi usado desde a década de 1890 até a década de 1930, mas Padre Calábria não era muito preocupado com a moda e os usou ao longo de sua vida. 

    Por vezes diz-se que nos devemos colocar "no lugar do outro", mas certamente seria muito mais interessante colocar-se "os olhos do outro" para observar o mundo como o outro o vê, para se debruçar sobre os mesmos detalhes e compreender a importância das coisas de acordo com a sua "maneira de ver". 

    Se estas lentes pudessem falar, dir-nos-iam o que aqueles olhos viram, mas ainda mais, mostrar-nos-iam como é que as imagens que as atravessavam recompuseram-se no coração de Padre Calábria e o faziam cheio de alegria, tristeza, entusiasmo ou frustração. Precisaríamos todos de lentes como estas, para compreender a sua capacidade de perdoar, de acolher, de abençoar. Mas foi precisamente porque ele sabia ver além, ver os acontecimentos à luz do Evangelho.
     
    As lentes certas que compensam a nossa visão imperfeita não são aquelas que "resolvem as coisas," mas são as lentes da fé, que olham para as profundezas das coisas com um olhar de amor. 

    Graças a vocês, óculos, tornamo-nos curiosos para ver o mundo com olhos diferentes, mas não podemos fazê-lo sem as lentes da fé, os únicos que nos podem aproximar do olhar de Deus.  Sabemos ler com a mesma fé os acontecimentos que nos desafiam hoje? 

    DOS ESCRITTO DE SÃO JOÃO CALÁBRIA 

    Miserável é o homem sem Deus, triste é aquele que rejeitou bruscamente o jugo do Senhor, rebelando-se contra ele e fazendo dele um inimigo. Ainda que carregado de ouro, de pedras preciosas, feliz, afortunado aos olhos dos homens, aos olhos da fé, ele é o mais miserável. Sem Deus, onde colocaremos nossas esperanças, onde satisfaremos nosso coração, onde descansaremos nossos afetos? (Catequese aos Pais * 5667/B Sem data) 
     
    A dor existe e é tão evidente que alguns filósofos pessimistas viram dor em todos os lugares, porque olharam o mundo de um ponto de vista unilateral, em vez de considerá-lo como um todo, e não quiseram admitir uma Providência Divina acima das coisas. Se alguém coloca um par de óculos escuros, tudo fica escuro; eles também. Afinal, eles são lamentáveis, porque não é fácil para o homem, sem a ajuda especial de Deus e sem a luz da Revelação, entrar em um plano tão grandioso como o da criação do mundo e seu governo. Se não tivéssemos a luz da fé, o que entenderíamos nós mesmos, com toda nossa ciência, do século XX? Com efeito, o desígnio da Providência é tão vasto que abarca não só o mundo presente, mas também todo o passado e o futuro; e não apenas o tempo, mas também a eternidade. Cada ato individual, portanto, deve ser julgado, não por si mesmo, mas colocado nessa imensa estrutura de tempo e espaço. 

    “Mas onde, meus queridos e amados irmãos, iremos buscar essa fé viva a não ser nas puras fontes do santo evangelho? Por isso, muitas vezes eu lhes disse e repeti que precisamos ser outros Cristos e evangelhos vivos, para sermos faróis de luz para a pobre humanidade que se move cambaleante nas densas trevas de tantos erros, no lamaçal de tantos vícios. É como se fosse o eco do comando de Jesus bendito: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”. Observem como Jesus, nessas palavras, evocando Deus em seu pensamento, o chama de Pai, aliás, de Pai nosso. Quero dizer, meus queridos irmãos, que a fé verdadeira e genuína considera Deus não só como criador e Senhor, mas sobretudo como Pai. Fé, portanto, na Paternidade de Deus, e consequentemente confiança ilimitada, filial abandono à divina Providência, que é característica toda particular da nossa Obra, um dos ensinamentos que o Senhor quer dar por meio dela ao mundo. Lembremo-nos que a divina Providência é uma terna mãe, que tudo dispõe para o nosso bem, aliás, para o nosso maior bem. Devemos sentirnos levados pelas suas mãos maternais. É verdade que muitas vezes é preciso sofrer, e naturalmente somos conduzidos a experimentar algum desânimo; não nos admiremos. Também Jesus conheceu a tristeza, o tédio e o medo, chegando a rezar ao Pai para que afastasse dele o cálice amargo, mas acrescentando que se entregava à sua paterna vontade. (Carta Mensal aos irmãos Prisioneiros – setembro de 1948).

    Agora nós vemos só a urdidura do trabalho e o avesso do bordado, e pode nos parecer que tudo esteja confuso. Todavia, quando pudermos ver o trabalho concluído e como ficou o bordado, então se manifestará a nós plenamente a magnífica e maravilhosa obra que eles representam”. (Festa do Preciosíssimo Sangue 1949). 

    Da Encíclica "Lumen Fidei" 

    «Na fé, o "eu" do crente se expande para ser habitado por um Outro, para viver em um Outro, e assim sua vida se expande no Amor. Aqui está a ação apropriada do Espírito Santo. O cristão pode ter os olhos de Jesus, os seus sentimentos, a sua disposição filial, porque se torna participante do seu Amor, que é o Espírito» (LF 21). «Para quem assim se transformou, abre-se um novo olhar, a fé torna-se luz para os olhos» (LF 22). 

    Da Exortação Apostólica “Evagelii Gaudium”, n. 264: 

    O encontro pessoal com o amor de Jesus que nos salva. 

    Que amor é aquele que não sente necessidade de falar do ser amado, de o apresentar, de o dar a conhecer? Se não sentimos o desejo intenso de comunicá-lo, precisamos fazer uma pausa na oração para pedir que Ele nos fascine novamente. Precisamos implorar todos os dias, pedir que sua graça abra nossos corações frios e sacuda nossa vida morna e superficial. Colocados diante dele com o coração aberto, deixando-o contemplarmos, reconhecemos este olhar de amor que Natanael descobriu no dia em que Jesus apareceu e lhe disse: «Vi-te quando estavas debaixo da figueira» (Jo 1,48). Como é doce estar diante de um crucifixo, ou ajoelhar-se diante do Santíssimo Sacramento, e simplesmente estar diante de seus olhos! Quanto bem nos faz deixá-lo tocar de novo a nossa existência e lançar-nos a comunicar a sua nova vida! Portanto, o que acontece é que, em última análise, "o que vimos e ouvimos, nós proclamamos" (1Jo 1,3). A melhor motivação para decidir comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração. Se assim o abordarmos, a sua beleza surpreende-nos, volta sempre a fascinar-nos. Por isso é urgente recuperar um espírito contemplativo, que nos permita redescobrir todos os dias que somos depositários de um bem que humaniza, que ajuda a viver uma vida nova. Não há nada melhor para passar para os outros. 

    Da Encíclica “Laudato Si”, n.64: 

    Mesmo que esta Encíclica se abra ao diálogo com todos para buscar juntos caminhos de libertação, quero mostrar desde o início como as convicções de fé oferecem aos cristãos, e em parte também a outros crentes, altas motivações para cuidar da natureza e dos mais frágeis irmãos e irmãs. Se o simples fato de ser humano move as pessoas a cuidar do ambiente do qual fazem parte, os cristãos, em particular, sentem que suas tarefas na criação, seus deveres para com a natureza e o Criador fazem parte de sua fé. Portanto, é bom para a humanidade e para o mundo que nós crentes reconheçamos melhor os compromissos ecológicos que decorrem de nossas crenças. 

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    Fonte: Jubilee-Book

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