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Candia, quarenta anos da morte de

Rico industrial milanês, abriu mão de seus bens para se tornar missionário leigo e viver ao lado dos últimos da terra na Amazônia brasileira, primeiro em Macapá e depois em Marituba. Pela Igreja é Venerável, a Fundação que leva seu nome dá continuidade às suas obras.

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31.08.2023 17:57:44 | 4 minutos de leitura

Candia, quarenta anos da morte de

por Mauro COLOMBO

É um exemplo brilhante de missionário leigo, formado na fé, na família e no entusiasmo ad gentes na Diocese de Milão. O dia 31 de agosto marca o 40º aniversário da morte de Marcello Candia, que a Igreja universal reconheceu como Venerável em 2014.

Nascido em 1916, Candia herda do pai (empresário da área química) o sentido de disciplina e da mãe a sensibilidade caritativa, o que o leva, muito jovem, a servir no refeitório dos Capuchinhos na Viale Piave. Antes da guerra formou-se em Química (mais tarde completou os estudos em Farmácia e Biologia) e assumiu a gestão da empresa do seu pai. Convocado, em setembro de 1943 juntou-se à Resistência e ajudou judeus e refugiados políticos a expatriar.

Após a Libertação, fez o possível para resgatar e ajudar os veteranos da frente. Do prefeito de Milão, Antonio Greppi, obtém a disponibilidade do Palazzo Sormani, onde constrói um centro de acolhimento para mães solteiras, embrião da futura “Aldeia da Mãe e do Filho”: a primeira de muitas obras que encontrará.

Em Macapá

Depois da guerra, seus encontros com o capuchinho Alberto Beretta (irmão de Gianna Beretta Molla) e com o pai do PIME Aristide Pirovano (futuro bispo), ambos missionários no Brasil, ajudaram no desenvolvimento de sua vocação ad gentes. Apoiou financeiramente a atividade de Pirovano em Macapá, na foz do rio Amazonas, e amadureceu a decisão que marcaria sua vida: partir para a missão, como leigo, em virtude do batismo. Macapá será o seu destino, quando poderá encerrar a atividade industrial.

Em meados da década de 1950, seus projetos foram adiados pela explosão de sua fábrica: antes de partir, teve que pensar na reconstrução. Mas seu propósito permaneceu firme e em 1960 iniciou as obras daquele que seria o maior e mais moderno hospital da Amazônia, em Macapá.

Em 1965 ele finalmente partiu para realizar seu sonho de viver ao lado dos mais sofridos. A construção do hospital continua não isenta de obstáculos: o projeto não é partilhado por todos, o material nunca chega e as autoridades locais, não convencidas das reais intenções de Candia, não colaboram. No entanto, em 1969 foi inaugurado o hospital: recebeu o nome de "São Camilo e São Luís" e em 1975 Candia doou-o aos Camilianos, na esperança de preservar no tempo o espírito missionário e os fins caritativos para os quais o desejava.

Em Marituba

Nesse ínterim, ele foi “sequestrado” por outra empresa. Em 1967 encontrou por acaso a colônia de Marituba, à beira da grande mata: ali vivem algumas centenas de hansenianos (leprosos), em estado de prostração física e moral e de completo abandono. Tornou-se então «Marcello dei lebbrosi» [Marcelo dos leprosos] (título de uma biografia sua escrita pelo Padre Piero Gheddo) e trabalhou para dotar a colônia de serviços de saúde, educativos, sociais e espirituais, devolvendo a dignidade humana e cristã aos habitantes daquele gueto. Um trabalho colossal para o qual, a partir de 1977, encontrou o conforto e a ajuda de seu velho amigo Pirovano, que retornou ao Brasil após 12 anos de superior do PIME. Em 1980 Marituba foi visitada por João Paulo II, que, cumprimentando Cândia, lhe disse: “Ouvi falar tanto de você!”.

Morreu em 1983 em Milão, após alguns meses de grande sofrimento devido ao câncer. Mas antes de partir, criou uma Fundação em seu nome, que ainda garante continuidade e desenvolvimento às obras que criou. A causa de beatificação – cuja fase diocesana o cardeal Carlo Maria Martini iniciada em 1991 para concluí-la em 1994 – chegou ao reconhecimento das virtudes heroicas. Para a beatificação é necessário apurar um milagre ocorrido por sua intercessão.

Fonte da matéria e foto: CHIESA DI MILANO 

Traduzido pelo Google!

O trabalho iniciado por Marcello Candia e Dom Aristides em Marituba foi confiado à nossa Congregação!

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