A pregação do bom exemplo

Vivamos no santo amor e temor de Deus, primeiramente em casa, cumprindo com todas as obrigações inerentes ao nosso estado, e depois fora.

A pregação silenciosa do bom exemplo é a mais eficaz. Muitos já estão cansados de belas palavras, de debates. Desejam e querem fatos, obras. São as nossas boas obras que glorificam o Pai celeste. 

De que adiantaria ensinar a perfeição e não a pôr em prática? Poderíamos dizer, então, como o Apóstolo: "Sede meus imitadores como eu o sou de Cristo?" (1Cor 11,1). 

Além disso, não penseis que, para ser santos, se devam praticar coisas extraordinárias. Não! Basta que sejam santas e perfeitas as disposições de espírito com que atendemos às nossas obrigações de cada dia. 

Por mais humilde que seja o cargo que alguém ocupa, ele pode ser abrilhantado pela luz da santidade. E é isso o que interessa, somente isso. 

Jesus permaneceu por trinta anos na pobre casa de Nazaré, ocupando-se com as coisas mais simples e mais humildes. Quando é que seus exemplos serão a única norma de nossa vida? Quando é que seremos Cristos e Evangelhos vivos? 

Então, sim, poderemos até fazer milagres, e somente então poderemos realizar os desígnios que Deus tem a nosso respeito. 

Vivamos no santo amor e temor de Deus, primeiramente em casa, cumprindo com todas as obrigações inerentes ao nosso estado, e depois fora de casa, no escritório, na fábrica: irradiemos por toda a parte o espírito do Evangelho. 

São João Calábria

Trecho do Livro Retornemos ao Evangelho

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