25 Anos de Consagração do Padre Osvaldo de Oliveira
Celebrando 25 Anos de vida consagrada, Padre Osvaldo de Oliveira, Psdp, conta sua história vocacional.
20.12.2021 09:00:00 | 6 minutos de leitura

MINHA FAMÍLIA
Nasci em Umuarama, Paraná, no dia
10 de outubro de 1970. Meus pais são Antônio de Oliveira e Odila Simões de
Oliveira. Sou o último dos três filhos, minha irmã Luci Verônica de Oliveira e
meu irmão Juraci de Oliveira. Não tive a oportunidade de conviver com minha
família, particularmente com meus pais. Meu pai deixou nossa família quando
ainda era muito pequeno e minha mãe quando tinha em torno de cinco anos. Desde
quando minha mãe se encontrava enferma, meus irmãos e eu participávamos das
atividades do Lar Escola da Criança de Maringá (Instituição conduzida pelas
Irmãs Murialdinas de São José) como externos. Assim que nossa mãe faleceu, eu e
meu irmão passamos a ser acolhidos em regime de internato. Luci, por sua vez,
foi acolhida em outra instituição por não haver, na política de acolhimento do
abrigo, a possibilidade de estarem meninos e meninas juntos. Mas com Luci
sempre mantive contato. Após alguns anos, quanto tinha em torno de sete anos de
idade, Juraci foi adotado e, com o tempo fomos perdendo o contato e, só fomos
nos encontrar no dia da minha ordenação Presbiteral aos 31 anos.
HISTÓRIA VOCACIONAL
Quanto à minha história
vocacional, posso dizer, com toda certeza que tem traços das escritas de Deus.
Ouso assumir a mistagogia vocacional de Jeremias: “Antes mesmo de te modelar no ventre materno, eu te conheci; antes que
saísses do seio, eu te consagrei” (Jr 1,5). Com o passar do tempo fui
compreendendo que Deus sempre nos acompanha e que Ele é Pai Providente. A
semente da minha vocação foi lançada ainda com a primeira acolhida de Deus no
carisma, missão e cuidado das Irmãs Murialdinas. Tão cedo aprendi a rezar, a
servir no altar, e soube, por elas que “Deus nos ama com amor terno, pessoal,
misericordioso e infinito”. Seria prelúdio do que hoje abraço como missão e
Carisma na Família Calabriana como Pobre Servo da Divina Providência? Afinal,
Deus é Pai Providente!
Acredito que Deus me quis e me
quer Pobre Servo. Pois tive oportunidade de ingresso em outras Congregações
como Jesuítas (desde muito novo participava de Encontros vocacionais em
Maringá), como Josefino de Murialdo, quando adolescente fiz estágio em novembro
de 1983. Como pediram para aguardar um pouco mais para ingressar, tive a
possibilidade de ingressar nos Pobres Servos aos 24 de fevereiro de 1984 no
Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio em Farroupilha – RS.
Em Farroupilha cursei da 6ª à 8ª
Série e ingressei no Centro de Orientação Vocacional São João Calábria em Porto
Alegre no ano de 1988, cursando o primeiro ano do 2º Grau no Calábria, e
continuando os Estudos no Colégio Nossa Senhora da Glória; o Aspirantado em
1992, quando iniciei o curso de Filosofia na FAFINC em Viamão – RS, concluindo
em 1994. No ano de 1995 ingressei no Noviciado; e em 1996 fiz minha Primeira Profissão
com Josuel dos Santos Boaventura (Degaxé) e com Joseval Aragão.
Neste ano de 2021 celebro jubileu
de prata como consagrado. Ao longo desses anos, embora meus limites, Deus tem
sido muito bom para comigo. Com Maria elevo um Canto de louvor e gratidão, pois
“Minha alma engrandece ao Senhor, meu
espírito exulta em Deus meu Salvador!” (Lc 1,46).
MISSÃO
A missão do Pobre Servo,
independente do lugar ou atividade que é enviado, é sobretudo: “A busca do Reino de Deus que se concretiza
para nós no compromisso de avivar no mundo a fé e a confiança em Deus, pai de
todos os homens, através do abandono total na sua Divina Providência”.
Pessoalmente, essa missão e carisma específico é muito caro principalmente
porque fui fazendo uma releitura da minha história e percebendo o quanto Deus
tem sido Pai e sempre Pai. Por isso, para mim, testemunhar que Deus é Pai é
pedir a graça de ter sempre mais um coração de filho e assim, consequentemente,
testemunhar ao mundo essa realidade.
Procurei viver essa missão nos
diversos lugares por onde passei nesses 25 anos. Assim que realizei a primeira
profissão, como irmão, fiquei no Seminário Apostólico, encarregado da
assistência de uma turma dos seminaristas, da qual alguns são meus coirmãos e
isso me deixa muito feliz. No ano de 1998 recebi minha segunda obediência,
fazer comunidade no Centro de Orientação Vocacional Rainha dos Apóstolos em
Campo Grande – MS, e iniciar o curso de Teologia que conclui em 2001. Neste
mesmo ano fui ordenado Diácono no mês de agosto e aos quinze dias de dezembro
recebi o segundo grau da Ordem: o presbiterado. Como Padre, pediram para
continuar no COV Rainha dos Apóstolos, mas agora como coordenador e responsável
pela formação, onde permaneci até o ano de 2005.
Minha terceira obediência, 2006,
foi retornar ao Seminário Apostólico com a missão da coordenação da comunidade
e da formação. Em 2007 fui destinado para acompanhar os Aspirantes em Viamão – RS,
iniciando essa missão em 2008. Neste mesmo período tive a oportunidade de
iniciar a graduação em Psicologia que concluí em 2012. No final deste mesmo
ano, recebi nova obediência, agora a Feira de Santana, na Bahia, no Centro de
Orientação Vocacional Mãe de Deus. Como coordenador dessa atividade fiquei de
2013 a 2016, quando foi pedido para ser Pároco da Paróquia Nossa Senhora das
Graças também em Feira de Santana.
No ano de 2019 fui transferido
para Guarabira – PB, e vivi uma bonita experiência pastoral junto as crianças e
adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade em nossa atividade chamada:
Associação Menores com Cristo (AMECC). Esta experiência foi bastante breve,
pois recebi nova obediência no final do ano de 2020. Desta vez, retornei ao
Centro de Orientação Vocacional Rainha dos Apóstolos, onde atualmente vivo
minha consagração e tenho a missão da formação dos jovens seminaristas.
SER POBRE SERVO, UMA
VOCAÇÃO ESPECIAL
Cada Congregação tem um carisma e
uma missão específica. Também eu, como Pobre Servo, sinto-me inserido e chamado
a uma vocação especial, que, como dizia nosso Fundador São João Calábria, Deus
tem grandes desígnios para a Obra. E confio, Deus tem um plano especial para
comigo, o qual procuro cotidianamente discernir e corresponder. Sinto-me feliz
e realizado na vocação como consagrado padre. Renovo, nesta ocasião de bodas, a
minha entrega a Deus concretizada no serviço aos últimos, aos mais pobres, às
pérolas da Obra. Vale a pena ser Pobre Servo! Vale a Pena ser consagrado! Vale
a pena ser Calabriano! Se a cada dia pudesse escolher, cada dia escolheria
sempre: Colocar minha vida a serviço do Reino de Deus, da Igreja, da
Congregação, dos irmãos e irmãs como Pobre Servo da Divina Providência.
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