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    Testemunho Vocacional da Irmã Graciela Ramseyer

    Irmã Graciela Ramseyer, Pobre Serva da Divina Providência, fala sobre os 35 anos de Vida Consagrada.

    Testemunhos

    13.01.2022 11:13:31 | 5 minutos de leitura

    Testemunho Vocacional da Irmã Graciela Ramseyer

    “Ser Pobre Serva é o maior dom que Deus me fez”


    Narrar a história vocacional é contar as maravilhas de Deus na vida dos seus escolhidos. Em 35 anos de vida consagrada são incontáveis os motivos para elogiar e agradecer a Deus pelo seu amor e fidelidade, pelo dom gratuito do chamado, e pela alegria de trabalhar no seu Reino! 

    Toda história vocacional tem as suas raízes na história familiar. Nasci e cresci em Reconquista (Argentina), família pequena, formada pelos pais e um irmão. Recebi uma educação cristã e aos poucos fui sintonizando com a voz de Deus, sentindo que me chamava já desde muito pequena. Lembro muito bem o dia de minha Primeira Comunhão, o diálogo com Jesus, e o desejo de entregar a minha vida a Ele. Esse desejo crescia mais e mais em mim, e Deus ia me dando sinais de seu chamado. 

    Um fato que marcou fortemente minha vida: quando eu tinha 12 anos o meu pai participou do Cursilho de Cristandade e a vida da nossa família mudou significativamente. Jesus passou a ter um lugar importante nas nossas relações, na nossa vida familiar, no nosso compromisso na Igreja. Começamos a rezar juntos e esta experiência acrescentou em mim o desejo de aprofundar o encontro pessoal com Jesus.

    Comecei a participar nos grupos juvenis, a comprometer-me na catequese e na pastoral paroquial. Alimentava o meu encontro com Jesus na oração cotidiana, na Eucaristia e buscava discernir melhor a minha vocação participando de retiros vocacionais e sendo fiel a direção espiritual. Um papel importante tiveram os sacerdotes Pobres Servos presentes em Reconquista, que me acompanharam neste caminho e a minha família no abrir-se à vontade de Deus. 

    Um dia chegou providencialmente em minhas mãos um livrinho: “A Palavra do Pai”. Continha breves pensamentos do Padre João Calábria. Lendo essas páginas senti logo uma grande sintonia e uma alegria enorme. Parecia que aquelas palavras já estavam escritas dentro de mim, senti-me identificada e chamada interiormente a consagrar minha vida nesta espiritualidade. Fiquei seduzida pelo Carisma da paternidade de Deus, do abandono total na sua Providência, do amor aos pobres... e pela missão de reavivar no mundo a fé em Deus Pai. Para mim esse encontro com o Carisma do Padre João Calábria foi um sinal de Deus que me chamava a entrar na Congregação das Irmãs Pobres Servas.
    Foi assim que em 1982, quando eu tinha apenas 18 anos, junto com outras jovens da Diocese que também se sentiram cativadas pela espiritualidade calabriana, fui conhecer as Irmãs em Farroupilha/RS, na Casa Mater Dei. Nessa época as Irmãs não estavam ainda presentes na Argentina. A força do chamado e a graça de Deus me deram a coragem para superar os grandes desafios de deixar a família, a terra, as seguranças e ir a um outro país, outra língua, uma experiência totalmente nova. A graça de Deus foi acompanhando também os meus pais em acolher a minha vocação e sentir que eles também foram escolhidos por Deus para fazer parte da família calabriana, chegando a fazer mais tarde as promessas como Irmãos Externos. 

    Depois de três anos de formação inicial na Casa Mater Dei, fiz a Primeira Profissão Religiosa em 1986, junto com outras 8 noviças. Com 21 anos fui, como neoprofessa, a Itália onde tive a graça do contato com as fontes do Carisma, onde viveu Padre João Calábria e nasceu a Obra. Acabado os estudos de teologia, retornei por 4 anos a Delegação Rainha da Paz, nas cidades de Farroupilha, Salto (ROU) e Laferrere (Bs. As.), para voltar novamente na Itália em 1997, permanecendo até hoje. Nestes anos fiz parte do Conselho Geral da Congregação e da comissão pela formação da Obra, fazendo caminho junto a tantos Irmãos, Irmãs e leigos calabrianos que amam a espiritualidade e desejam aprofundar o conhecimento e a vivência do Carisma.

    Para mim ser Pobre Serva é o maior dom que Deus me fez. Sinto que cada dia é um novo chamado a renovar o meu sim, a confiar na fidelidade de Deus e na sua misericórdia. Com o passar dos anos dou-me conta sempre mais de quanto é atual o nosso Carisma, do bem que faz às pessoas encontrar na Obra um lugar acolhedor, onde podem rezar, ser escutadas e sair renovadas na fé e na esperança. E sempre mais compreendo quanto é preciosa a vida consagrada na Igreja, na Obra. Ser religiosa hoje é testemunhar o primado de Deus na nossa vida, e ser as Suas mãos, o Seu olhar, a Sua presença no meio desta sociedade que tem sede de encontrar o rosto de Deus Pai e fazer experiência do Seu Amor!

    Fonte: Revista A Ponte, Ed. 4,2021.
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