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Rezar hoje

Cadernos sobre a oração – 1

Jubileu 2025

16.05.2024 21:53:18 | 5 minutos de leitura

Rezar hoje

Que “a oração se torne mais verdadeira, mais nutrida pelo Evangelho, mais aberta a escuta e menos sobrecarregada de pedidos” é uma das súplicas deste primeiro subsídio.

Padre Rafael Pedro Susrina, psdp

O Papa Francisco no prefácio faz um convite a nos tornarmos mais humildes, abrindo “espaço [para] a oração que brota do Espírito Santo”.

Pois é Ele que sabe nos colocar em contato com o Pai, colocando as palavras certas em nosso coração e lábio. “O Espírito é o Mestre interior que indica o caminho a seguir; graças a Ele a oração de uma só pessoa pode se tornar oração de toda a Igreja, e vice-versa”. O Papa deseja que a oração pessoal e comunitária se torne incessante, sem interrupção, segundo a vontade do Senhor Jesus (cf. Lc 18,1), para que cresça o Reino de Deus e o Evangelho alcance toda pessoa que busca o amor e o perdão.

Com a oração podemos levantar o mundo. Santa Teresa de Lisieux (1873-1897) diz que a oração é o segredo da fecundidade. Os santos conseguiram o que Arquimedes não pode obter porque seu pedido não era dirigido a Deus. Eles receberam o próprio Deus como ponto de apoio e a oração como alavanca. Assim, levantaram o mundo e os santos na terra continuarão fazendo isso até o fim dos tempos. 

Sem a oração o homem não pode se realizar. David Maria Turold (1916-1992) afirma que o silencio e a oração são essenciais para a realização pessoal. Ele destaca a ausência do espírito de oração em nossa civilização e propõe que a verdadeira revolução seja introduzir esse espírito. Por isso precisamos voltar a rezar.

No segundo capítulo somos convidados a suplicar: “Senhor, ensina-nos a rezar”. São João Paulo I, em uma de suas catequeses exclamou: “Perdemos tantas batalhas porque oramos pouco!”. 

Para um discípulo de Jesus saber que Ele orava não é nenhuma novidade: “a oração era seu respirar, seu horizonte de referência, a fonte de suas ações e palavras”. Por isso vale a oportunidade para nos questionarmos se a oração é a base de nossa vida diária; se nossas decisões brotam da oração... Jesus reza bem cedo (cf. Mc 1,35); Jesus vai a montanha para rezar e no outro dia escolhe os discípulos (cf. Lc 6,12-13); Jesus após ter conhecimento da morte de João se retira para rezar (cf. Mt 14,13); por isso que os discípulos ao observarem tantas vezes o seu Mestre rezando, perceberam que não sabiam rezar e por isso pedem para Jesus os ensinar (cf. Lc 11,1). “A oração de Jesus deveria ser, simultaneamente, transparente e misteriosa: era uma oração na qual se via algo belo, mas que, ao mesmo tempo, permanecia um mistério profundo” (p. 28). Nossa oração necessita ser real, verdadeira, própria do momento presente em Deus.

1º passo do homem em direção a oração: reconhecer a própria pequenez, ter consciência da condição de criatura. A virtude a ser alcançada é humildade.

2º passo do homem em direção a oração: tomar consciência de que nossa inata pequenez se enredou no pecado, o qual deformou nossa beleza primitiva e complicou nossa inata tendência para Deus, tornando nossa vida um verdadeiro emaranhado.

1º passo de Deus em direção ao homem: Deus rasgou os céus e se fez próximo a cada um de nós. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Deus nos perdoa.

2º passo de Deus em direção ao homem: Deus nos dá a possibilidade de amar como Ele ama! “Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes reconheceram que tu me enviaste. Eu lhes dei a conhecer o teu nome, e o darei a conhecer; para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles” (Jo 17,25-26).

Um homem e uma mulher “cheios do Amor de Deus”

São Francisco de Assis é um modelo de homem que se encontrou com Jesus vivo e se entusiasmou, envolveu-se de coração, com toda a sua vida em Cristo. “Francisco muito cedo entende que o dinheiro não é a segurança sobre a qual construir a vida; depois, lentamente entende que nem mesmo a diversão, o poder, o sucesso e a glória mundana são a segurança sobre as quais se pode construir uma vida” (p. 47). Não viveu o dia a dia de forma cansativa, encontrou a “perfeita alegria”. No início e no fim do caminho de São Francisco está a humildade. Sinal de um homem que ora em Deus. “Francisco nos convida a levar o Evangelho a sério, a levar Jesus a sério, a levar a sério o caminho percorrido por Jesus porque o amor gera imitação: o amor gera imitação!” (p. 58).

Santa Teresa de Calcutá disse na ONU “sou apenas uma pobre freira que reza. Rezando, Jesus coloca em meu coração o seu Amor e eu vou doá-lo a todos os pobres que encontro em meu caminho”. A humildade nos coloca de joelhos e traz ao coração a verdadeira oração.

Que “a oração se torne mais verdadeira, mais nutrida pelo Evangelho, mais aberta a escuta e menos sobrecarregada de pedidos” é uma das súplicas deste subsídio. Trazer a oração de volta as famílias... 

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