PLENITUDE DA ALIANÇA: Céu/Salvação
Caríssimos leitores, chegamos ao final da nossa série de artigos Aliança: Compromisso de Amor, até aqui percorremos um vasto caminho pela história do povo de Deus, e a revelação do Seu plano salvífico; da encarnação de Cristo à sua Paixão, Morte e Ressureição. Vimos que a Providência Divina conduziu os profetas, os primeiros cristãos, e hoje conduz a nós, continuadores da Aliança, por meio da graça batismal e da participação do Corpo Místico de Cristo, a Igreja Católica Apostólica Romana. Neste artigo conclusivo, vamos refletir sobre uma realidade ainda não vivida – por nós –, mas almejada: a plenitude da Aliança, isto é, a Salvação e a glória celeste.
Notícias
02.06.2022 08:00:00 | 5 minutos de leitura

Jairo Ferreira de MeloPostulante Psdp.
Desde o início do cristianismo algumas pessoas já se questionavam sobre a eternidade, mas, a proposta de Jesus sobre a salvação eterna foi muito além do que se cogitavam. Cristo foi claro em suas falas sobre o estado de vida dos seres humanos após a morte. Pois, Ele afirma: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vos teria dito, pois vou preparar-vos um lugar.” (Jo 14,2-3). É o próprio Jesus quem prepara a morada eterna para cada um de nós, e quer que todos alcancemos a salvação (cf. 1Tm 2,4). Mas, para tal, é preciso que O acolhamos como o Caminho, a Verdade e a Vida, porque, sem Ele, ninguém vai ao Pai (cf. Jo 14,6).
Toda a trajetória do povo de Deus, marcada por diversas Epifanias Divina, preparou as portas da humanidade, para que o Seu filho unigênito pudesse habitar em nosso meio, se fazendo carne e assumindo a condição humana. Dessa forma, Deus reestabelece com o gênero humano, a possibilidade de adentrarmos novamente no Paraíso para toda eternidade. Por essa razão, o Catecismo afirma que para obter a salvação é necessário acreditar em Jesus Cristo e n'Aquele que O enviou para nos salvar (CEC, n. 161). E prossegue mais adiante: “A nossa salvação procede da iniciativa amorosa de Deus em nosso favor” (CEC, n. 620). É Deus, em sua infinita bondade e amor, quem toma a iniciativa de salvar a todos.
O céu é um lugar de comunhão íntima com Deus, no qual não haverá mais morte, nem tristeza, nem dor, pois Aquele que está assentado no trono disse: “Eis que eu renovo todas as coisas” (Ap 21,5). Todas as coisas serão renovadas em Deus. “No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Então, os justos reinarão com Cristo para sempre, glorificados em corpo e alma; o próprio universo material será transformado. Deus será, então, ‘tudo em todos’ (1Cor 15,28), na vida eterna” (CEC, n. 1060).
A vida eterna é a consumação da aliança com o Criador. Ele que todos fez, está sentado em seu trono glorioso, e todas as criaturas o cercam em adoração perene. Mas, já aqui na terra temos o antegosto dessa realidade, na celebração da Santa Missa e na adoração ao Santíssimo Sacramento, como afirma o cântico do Glória: “os céus e a terra proclamam a vossa glória”. O ‘céu’ ou os ‘céus’, diz o Catecismo, pode designar o firmamento, mas também o ‘lugar’ próprio de Deus: ‘Pai nosso que estais nos céus’ (Mt 5,16), e, por conseguinte, também ‘o céu’ que é a glória escatológica. Finalmente, a palavra ‘céu’ indica o ‘lugar’ das criaturas espirituais – os anjos –, que rodeiam Deus (CEC, n. 326).
Cristo, de tal modo, quer que sejamos salvos, em uma de suas parábolas, Ele narra a alegria que há nos céus, pela conversão de um pecador (cf. Lc 15,7). Ele mesmo vai ao encontro da ovelha perdida, a fim de salvá-la. E a prova disso, é a sua morte na Cruz. Este evento marca a vitória sobre o pecado e a morte, ao passo que redime a humanidade com o Pai Celeste. Jesus confia à Igreja, o deposito da fé, fundada e edificada sob os Apóstolos, e, sem a qual, não há salvação. Isso não exclui da salvação eterna, aqueles que não pertencem ou não conhecem a Igreja Católica, mas implica dizer que ela é o caminho seguro que nos leva à Deus. “O Reino dos céus foi inaugurado na terra por Cristo, e resplandece para os homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo. A Igreja é o gérmen e o princípio deste Reino. As suas chaves são confiadas a Pedro” (CEC, n. 567).
Mateus afirma em seu Evangelho: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo (Mt 6,33). No entanto, esta busca deve ser constante e coerente: quem ouve as palavras do Cristo, precisa pô-las em prática. Quem assim procede, são semelhantes a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha (Mt 7,24). E a rocha firme é o próprio Cristo e sua Palavra.
Para finalizar, a Aliança com Deus durante todo o percurso da história, subsiste para demonstrar o amor do Criador, apesar da condição humana, decaída no pecado. Por meio dela, na consumação em Cristo, Ele reconcilia o homem consigo; abre as portas do céu novamente, para acolher os filhos da Aliança. Cabe a cada um, acolher, vivenciar e corresponder a esta Aliança, abraçando a vocação que Deus concede; procedendo como verdadeiros cristãos, no corpo místico de Cristo; colocando em prática na sociedade, os mandamentos divinos, em contraponto aos ensinamentos mundanos; sendo sinal da presença de Cristo, em todo lugar e momento. Dessa forma, criar uma sintonia perfeita com o céu, desde agora, e para toda eternidade, quando lá vivermos. Esta é a nossa esperança!
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Caro leitor, manifesto minha gratidão a você que acompanhou esta série de artigos. Agradeço, também, ao espaço no blog do site, concedido pela congregação, para manifestar esta provocação de Deus em mim. Foi um imenso prazer, apesar das dificuldades, escrever sobre este tema. Primeiramente, ajudou na minha formação em vista da consagração religiosa; e espero tê-los ajudado também. Saudações em Cristo Jesus.
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Postulante Psdp.
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