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    O Espírito Santo vivifica a Aliança

    Série de artigos sobre ALIANÇA: COMPROMISSO DE AMOR

    Artigos

    21.03.2022 10:57:49 | 5 minutos de leitura

    O Espírito Santo vivifica a Aliança

    Jairo Ferreira de Melo, postulante PSDP

    Após termos percorrido este trajeto da criação à missão de Cristo, vamos passar agora para uma segunda parte na nossa série: Aliança compromisso de amor. Na primeira parte, tratamos da Aliança em si, do seu início à consumação, o que proponho a partir de agora é o que vou denominar de “a extensão da aliança”. Nesta parte começaremos a refletir sobre a Aliança com o Espírito Santo, e o caminho de vida cristã. No entanto, falaremos dos Sacramentos, que são o meio mais eficaz para a participação efetiva na Aliança com Deus. Dessa forma, faremos uma relação entre os sacramentos do batismo e da crisma com a ação do Espírito Santo na vida do cristão.

    O Espírito Santo, como sabemos, é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Esteve presente desde o princípio, contudo, sua revelação se dá após a glorificação de Jesus, revelando em plenitude o mistério da Santíssima Trindade, como afirma o Catecismo da Igreja Católica, n. 244. Ele é anunciado pelo próprio Cristo, como um “outro Paráclito”, o qual, outrora, conduziu os profetas, agora conduzirá os discípulos, a fim de ensinar e conduzir à verdade plena (CEC, n. 243).

    Nas Escrituras é possível notar a presença inspiradora do Espírito Santo em diversos momentos, sobretudo, e de forma mais intensa, na vida de Jesus Cristo. Do batismo de Cristo à sua entrega definitiva na Cruz. O Espírito Santo é o vínculo de amor de Cristo com o Pai. É Ele, também, que conduz os Apóstolos na missão da Igreja nascente, como prometera Jesus: "recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”(At 1,8).

    Jesus nos garante que as portas do inferno jamais prevalecerão contra a Igreja (cf. Mt 16,18), aqui entra uma dimensão importantíssima da ação do Espírito Santo: salvaguardar o Corpo místico de Cristo, e, ao mesmo tempo, vivificar. Pois assim está escrito no Catecismo: “O Espírito Santo faz da Igreja o Templo do Deus Vivo (CEC, n. 797). Sendo assim, Ele age, também, nas partes do corpo, isto é, nos membros da Igreja, sejam eles os de mais alto cargo, como o Papa, sejam nos mais humildes fiéis espalhados pelo mundo inteiro. Porque o Espírito Santo é “o Princípio de toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do corpo” (CEC, n. 798).

    Certamente, como é de se notar, falar do Espírito Santo, nos renderia muito assunto, não só para um artigo ou uma série, tampouco para um livro, apenas. Mas, este é um tema que não se esgota facilmente, e precisa, portanto, de uma área da Teologia dedicada a Ele, que se chama: Pneumatologia. Aqui, porém, vamos relacioná-lo à temática da série Aliança: Compromisso de Amor, abordando sua importância para a vivência Cristã, nos sacramentos, especificamente no Batismo e na Confirmação. Todavia, vale ressaltar que Ele  se faz presente em todos os sete sacramentos.

    Ao ser batizado, a pessoa recebe o Espírito Santo, deixando de ser criatura, para se tornar filho de Deus, e membro efetivo do Corpo místico de Cristo, ingressando no seio da comunidade cristã. “No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba.” (Mc 1,10). Dessa forma, o mesmo Espírito que se manifestou quando Cristo foi batizado, por João Batista, nas águas do Jordão, manifesta-se para o neófito no dia do seu batizado. O catecismo enfatiza: “a água batismal significa realmente que nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo.” (CEC, n. 694).

    Na primeira carta aos Coríntios, o Apóstolo menciona: “Fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo” (1Cor 12,13), com isso, a missão designada a nós, é vivermos a fé que recebemos dos Apóstolos; a fé que a Igreja guarda e transmite ao longo dos séculos. Somos incumbidos da missão de sermos propagadores dessa mesma fé, deste Batismo, único e verdadeiro. Pois possuímos o sinal espiritual indelével, o selo da pertença à Cristo, “dado uma vez por todos, o Batismo não pode ser reiterado” (CEC, n. 1272).

    Já o Sacramento da Crisma, também conhecido como Confirmação, forma juntamente com o Batismo e a Eucaristia, os sacramentos da iniciação cristã. É aquele passo (momento), que o fiel dá de forma livre, individual e concreta o seu “sim” na caminhada de fé. Este sacramento nos remete ao episódio da descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos, dentre outras pessoas, reunidas no Cenáculo. No dia de Pentecostes “todos ficaram repletos do Espírito Santo” (At 2,4). Dessa forma, como o próprio nome já diz, este Sacramento confirma e consolida a graça batismal, na vida do Cristão, vinculando-os mais perfeitamente à Igreja, orientando-nos de forma mais estrita a difundir e defender a fé com palavras e atos, como verdadeiras testemunhas de Cristo (cf. CEC, n. 1285).

    Por fim, o Espírito Consolador, doador dos dons, Deus com o Pai e o Filho, dentre outros atributos, age de modo eficaz no tempo, na história, na Igreja, nos filhos de Deus pelo Batismo e Confirmação. Com seus Dons – de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus –, e Carismas. Suscita, move, consola, sustenta, capacita, conduz etc., o rebanho de Cristo até Sua volta triunfante. Pois esta é a garantia de Jesus: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28,20).

    Para aprofundar os estudos acerca desse tema, sugiro a leitura do Catecismo da Igreja Católica acerca do Espírito Santo e dos Sacramentos do Batismo e da Confirmação. Boa Leitura!

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