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Narrar a Esperança: A Missão dos Comunicadores no Mundo Contemporâneo

A comunicação é uma missão que exige responsabilidade, coragem e compromisso com a verdade, promovendo a esperança e a reconciliação em um mundo marcado pela polarização e desinformação.

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06.02.2025 15:18:32 | 3 minutos de leitura

Narrar a Esperança: A Missão dos Comunicadores no Mundo Contemporâneo

A comunicação, mais do que um ofício, é uma missão que carrega consigo a responsabilidade de moldar consciências, construir pontes e manter viva a esperança. Durante o Jubileu do Mundo da Comunicação, o Papa Francisco reforçou essa ideia, dirigindo-se aos jornalistas e comunicadores com um convite profundo: narrar a esperança.

Vivemos em tempos de polarização e desinformação, em que a verdade muitas vezes se mistura com a mentira. A comunicação livre, responsável e correta torna-se, assim, um dever essencial para preservar o conhecimento, a experiência e a virtude. Sem essa responsabilidade, a convivência civil se fragmenta e a fraternidade se torna uma ideia distante.

O Papa destaca que a profissão de jornalista não pode ser reduzida a um simples trabalho. Trata-se de uma vocação que exige coragem, pois comunicar não é apenas relatar fatos, mas oferecer um olhar que ilumine a realidade e desperte consciências. As palavras e imagens são instrumentos poderosos, mas, antes delas, está a capacidade de escutar e compreender, de dar voz aos invisíveis e de revelar a beleza do bem que ainda resiste.

Francisco nos recorda que a palavra "coragem" deriva do latim "cor", que significa coração. Ter coragem, portanto, é agir com o coração livre de corrupção e cheio de respeito pelo que é mais nobre na humanidade. A verdadeira liberdade está na escolha de comunicar com responsabilidade, promovendo a verdade e a dignidade, ao invés de disseminar divisões e falsidades.

A transformação de São Paulo, evocada pelo Papa, é um símbolo dessa mudança essencial. Paulo foi impactado pela luz de Cristo e por sua presença viva, e a comunicação também deve ser esse raio de luz que atinge os corações e leva à conversão. A forma de contar histórias pode mudar, mas a essência deve permanecer: comunicar para despertar consciências, assim como Cristo fez ao convidar seus primeiros discípulos a verem e experimentarem sua presença.

O Papa lança um desafio aos comunicadores: transformar a narração em um autêntico "hopetelling", ou seja, contar histórias que não apenas descrevam a realidade, mas que também ofereçam caminhos de esperança. Comunicar o mal é inevitável, mas deve-se sempre deixar aberta a possibilidade de redenção, de reconstrução e de renascimento.

A esperança não é uma ilusão, mas uma força que nos impulsiona a ver o que está por vir e a acreditar na possibilidade de um mundo melhor. Mesmo quando tudo parece perdido, existem sinais de bem que podem florescer. Como bons contadores de histórias, os jornalistas e comunicadores devem semear interrogações e apontar para as possibilidades de transformação.

Neste tempo jubilar, o Papa Francisco nos convida a comunicar com o coração, com responsabilidade e coragem. A comunicação tem o poder de moldar o mundo. Que seja, então, uma ferramenta para a esperança, para a reconciliação e para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Esse é o bom combate a que somos chamados: narrar a esperança, compartilhá-la e permitir que a realidade se encaminhe para o seu verdadeiro destino.

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Este artigo foi escrito tendo como base o Discurso do Papa Francisco aos Jornalistas e Comunicadores Participantes no Jubileu do Mundo da Comunicação. Clique aqui para ler o discurso do Papa.

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Foto: Pe. Hermes José Novakoski

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