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    Construindo sobre a rocha

    Estamos no mês da Bíblia, uma forma que a Igreja encontrou para motivar seus fiéis a mergulharem na leitura da Palavra de Deus.

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    17.09.2021 16:23:20 | 3 minutos de leitura

    Construindo sobre a rocha

    Irmão Deivid Ferreira, Psdp.

    Hoje em dia se fala muito das Sagradas escrituras. Nas redes sociais a Bíblia se tornou grande fonte de argumentos políticos, sociais, pessoais, econômicos, autoajuda e vários outros. Tratando-se do evangelho, parte do texto bíblico que narra a vida de Jesus Cristo, este tipo de uso é muito frequente. Porém, tais pensamentos e frases só ganham seu valor neste meio quando vão de comum acordo com o interesse pessoal dos envolvidos, por isso são frases soltas, retiradas de contexto e da sua verdade.

    Eis aí o perigo. O evangelho narra uma vida, com “começo, meio e fim”; narra a vida de uma pessoa; Jesus é o evangelho, vivo e encarnado; é a Palavra de Deus feita homem. O intuito é que o leitor conheça a pessoa de Jesus, entenda como ele viveu, como ele morreu, como ressuscitou e que vivo está; e que após tudo isso, o leitor, apaixonado por Jesus, deseje viver como Cristo, amando a Deus e seus irmãos da mesma forma que Ele o fez e mandou fazer.

    Outra coisa interessante é que essas palavras tem um caráter especial. Para serem entendidas, não basta que se demore em pensar sobre elas, como acontece com outros tantos textos que apenas exigem uma boa interpretação textual. O evangelho é vida e é vivo. Só o entende, ou melhor, começa a entendê-lo, quem o põe em prática. Quem o faz assim, constrói a casa sobre a rocha (Mt 7,24). Este experimenta a verdade do evangelho em sua carne, em seu dia a dia, nas suas fraquezas e dificuldades diárias; por isso é chamado de cristão. O Senhor diz: “amai os vossos inimigos” (Mt 5,44); só aqueles que realmente tentam fazer tal coisa entendem a beleza dessas palavras, a verdade escondida nelas, e, ao mesmo tempo, entendem melhor os sentimentos que habitavam no coração de Jesus; porque os sentiram no próprio coração. Desta forma, passam a entender melhor o evangelho. Muitos desses “cristãos virtuais”, agem de forma contrária a este único ensinamento da Palavra de Deus. Este foi um único exemplo, mas vale para todo o evangelho.

     Tendo construído uma casa “real”, não “virtual”, com o alicerce firme sobre a rocha da prática, do esforço e do sacrifício diário, este cristão não se deixará levar por qualquer onda de opiniões alheias, nem pelos ventos tempestuosos das críticas do mundo. Ele aprendeu, com sua experiência de vida, que vale a pena confiar em Jesus. Ao ouvir suas palavras, com fé e amor, depressa às coloca em prática, sem muitas interpretações, como diz São João Calábria. Se alguém lhe pergunta o porquê disso tudo, a resposta é simples, “foi Jesus quem disse”. Esta é a simplicidade do povo de Deus, que lhes garantem uma fé autêntica e viva, embasada numa intimidade madura com Jesus, que, por Sua vez, tendo se dado a conhecer intimamente por este povo, os chama de Amigos (Jo 15,15).

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