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    Carta do Casante, Pe. Miguel Tofful, em preparação à renovação dos votos trienais.

    “Eis, a seduzirei novamente, a conduzirei ao deserto, falarei ao seu coração. Lá me responderá como nos dias de sua juventude…” (Oséias 2, 16-17)

    Espiritualidade Calabriana

    08.11.2021 10:38:15 | 17 minutos de leitura

    Carta do Casante, Pe. Miguel Tofful, em preparação à renovação dos votos trienais.

    Caríssimos Irmãos Pobres Servos, Irmãs Pobres Servas e Irmãs Missionárias dos Pobres

    Que a paz e o amor do Senhor, que nos chama a viver a alegria da fidelidade e da profecia por meio da nossa consagração, permaneçam em nossos corações.

    Por ocasião da renovação dos votos trienais, no próximo dia 8 de dezembro, dirijo a minha saudação fraterna a todos vós e, em comunhão com Madre Lucia e Irmã Jandira, desejamos convidar a todos a preparar este extraordinário acontecimento de graça com uma maior consciência do dom recebido na consagração e profissão dos Conselhos Evangélicos.

    A cada três anos temos a graça e a oportunidade de renovar nossa consagração, que quer ser cada vez mais acolhida e adesão ao amor de Deus, que permanece fiel às suas promessas e nos convida em todos os momentos e situações de nossa vida, particularmente no tempo presente, ser pessoas novas, continuamente renovadas por sua graça.

    Sinto-me inspirado pelas palavras do profeta Oséias: “Eis, a seduzirei novamente, a conduzirei ao deserto, falarei ao seu coração. Lá ele me responderá como nos dias de sua juventude…”, para oferecer uma reflexão sobre a nossa consagração e renovação, encorajando cada um de nós e nossas comunidades a parar, meditar e compartilhar juntos o que o Senhor deseja reavivar em nós. Ele continua a nos chamar e nossa resposta se entrelaça, ao longo do tempo, com os fios da perseverança e da fidelidade criativa, segundo as necessidades e as luzes do nosso carisma.

    O chamado do Senhor é uma iniciativa livre do seu amor. É sempre novo e dinâmico, está sempre se renovando em nossos corações, fazendo brilhar a beleza que nos atrai e nos seduziu desde a juventude. Esta beleza é sempre luminosa, mas pode acontecer, como aconteceu com o povo de Israel, que os acontecimentos e experiências da vida obscureçam esta luz em nós.

    Nestes versículos do profeta Oséias, usam-se verbos que pertencem à experiência do amor: "seduzir", "conduzir" e "falar ao coração". O primeiro verbo, "seduzir", indica um movimento gerado por uma força maior, como um ímã que atrai um metal, que inevitavelmente se move em direção à fonte de atração, vai em seu encontro. Não existe uso da força nem qualquer forma de violência, existe uma fonte de sedução que sempre atrai e continua a atrair.

    A esta força de atração segue-se o verbo “conduzir”, que significa acompanhar, guiar, quase como uma presença constante que está ao lado e conduz, fazendo experimentar algo novo, dinâmico, extraordinário. É um conduzir na solidão – para o deserto - para que cada um se encontre profundamente consigo mesmo e com Aquele que o seduziu.

    Neste clima particular ganha vida o terceiro verbo, "falar ao coração", que se refere às palavras que o Senhor quer voltar a pronunciar, que são as palavras da aliança fixadas no nosso coração, são palavras de vida e amor, que ilumina com uma nova luz o sentido da nossa vida e compreendemos que a nossa fidelidade deve ser sempre renovada na e sobre a sua Palavra, nova a cada dia. É o impulso transformador que Deus propõe para um encontro sempre antigo e sempre novo com Ele, o Amante, e conosco, o Amado.

    Para este período de preparação, proponho seis breves itinerários de avaliação, que podem nos ajudar a tornar-nos mais conscientes do sentido da nossa consagração e a compreender como vivê-la no contexto histórico que nos é dado afrontar hoje. Lá ele "vai me responder". A resposta deve ser sempre nova, porque os contextos que surgem em nossa vida são novos. A resposta terá que ser uma resposta de fidelidade. Ao reconhecer as nossas limitações, as nossas fragilidades e as dificuldades que podemos encontrar no caminho, Deus dá-nos sempre uma nova possibilidade de resposta, que tem por base a Sua Fidelidade, a sua misericórdia e a sua graça. Esta resposta deve ser sempre renovada de acordo com o desejo do nosso Fundador: "Ou renovar-se ou perecer!".

    Hoje, irmãos e irmãs, temos esta nova oportunidade de retomar um caminho de renovação, que nos faz redescobrir a beleza e o essencial da vida e da nossa consagração. Também hoje nós somos conduzidos ao deserto, um deserto que é representado pelas diferentes situações que vive toda a humanidade, que questionam profundamente a nossa consagração e a nossa fidelidade, e nos convidam a sermos pessoas novas que alargam o nosso coração, o nosso olhar e o horizonte para as diferentes situações. Basta pensar no que aconteceu e está acontecendo nesses quase dois anos de pandemia.

     "Renovar a consciência do amor de Deus"

    A vida consagrada é uma opção de vida feita por amor, que tem como fundamento o amor de Deus e deve haurir sempre desta fonte vital. Quando amar é mais exigente, é necessário confiar-se às fontes do amor, ao amor de Deus, onde todos são chamados a cuidar das suas fragilidades para reafirmar o primado de Deus na própria vida.

    Nesse sentido, a renovação da consagração não é algo que fazemos por nossa própria iniciativa, como se dependesse apenas do nosso esforço para sermos fiéis e perseverantes nos compromissos assumidos. O mais importante é renovar a consciência de que o Amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, mantém viva a nossa fidelidade, apesar das situações que possam surgir em nós e ao nosso redor. Deixar-nos abraçar pelo Amor de Deus "nos seduz de novo", fazendo-nos sentir a sua presença que não nos abandona.

    Certamente, Deus Pai está dando à luz algo de novo neste tempo conturbado, que põe à prova nossa fidelidade. Deus nos abraça com uma mensagem de amor encorajadora e de proximidade concreta: "Tu és precioso ... digno de estima ... Eu estou contigo ... te amo ..." (cf. Is 43, 1-21) São certezas inabaláveis, que Deus oferece ao seu povo e a cada um de nós. É como se Deus dissesse a Israel e a nós: nesta mudança há algo que permanece para sempre, que é o meu amor por cada um de vós. E esse amor não desmorona, não falha, não abandona. É a certeza que Deus nos dá hoje.

    No entanto, é necessário sublinhar que as atitudes para aprender a amar segundo o coração de Deus, acarretam uma mudança de perspectiva, uma verdadeira conversão do coração. Dessa consciência de amor nasce um potencial interior que nos faz amar a Deus e ao próximo. 

    Senhor, renove em nós a consciência de que o teu amor é para sempre!

    “Renovar a consciência da luz e da força do carisma”

    Neste tempo particular, o Senhor nos “conduz” pela mão para nos fazer compreender o quanto o carisma, com sua luz e sua força, é atual e dá sentido à nossa vida e ao momento presente que vive a humanidade.

    Se olharmos a história na sua realidade, são muitos os sinais e muitas vozes que nos falam da necessidade de mudar de rumo e de rever o nosso estilo de vida. Estamos tão ocupados com nossas ilusões e desejos, que não ouvimos as vozes e os sinais dos tempos. Em vez disso, devemos redescobrir a força e a originalidade do nosso carisma, como luz que ilumina as trevas de um mundo fechado.

     Pe.  Calabria repetiu em várias ocasiões que o fato de sermos consagrados na Obra «nos compromete» a viver o espírito puro e genuíno, que é um farol de luz para o mundo: «Nunca como agora, o mundo olha para nós, e nós devemos irradiar, em meio a tantas trevas, a pura luz de Cristo, que ilumina o caminho da pobre humanidade”.  

    Temos um carisma que é luz de esperança e nos dá plena certeza de que Deus conduz a história, que estamos em suas mãos. Um carisma que é um farol de luz para nós e para a humanidade. Somos convidados a reavivar a consciência de que também somos pequenos faróis de luz, Evangelhos vivos, neste tempo de sombras e fechamentos. 

    A renovação dos votos é um convite a cada um a "abraçar novamente" a novidade do carisma, que nos leva a olhar para o amanhã com esperança e a confiar tudo de nós nas mãos do Pai. Ele "conduz-nos pela mão", fala-nos com a sua Palavra para alimentar os nossos corações com a novidade do Evangelho, guia-nos na busca do Reino de Deus, que se manifesta nas pessoas e nas diferentes situações; Ele se doa a nós na Eucaristia, para alimentar em nossos corações a fé e a confiança na Providência divina, terna mãe.

    Senhor, renove em nós a consciência da grandeza, atualidade e riqueza do carisma, reavivando em nós o sentido de pertença à Obra!

     "Renovar a consciência da fidelidade aos votos"

    A renovação da profissão trienal questiona-nos sobre a nossa fidelidade aos conselhos evangélicos abraçados na profissão religiosa e que queremos voltar a abraçar com fidelidade criativa e dinâmica, para que o nosso coração pertença cada vez mais ao Senhor. 

    Ao libertar o coração para o amor, o Senhor pode “nos falar” intimamente onde não encontra obstáculos e impedimentos, onde só o seu amor pode dar o verdadeiro sentido à nossa vida, onde, retiradas as máscaras que tantas vezes temos usamos ou usamos, somos capazes de viver uma relação sincera e unificada de amor verdadeiro. 

    Os conselhos evangélicos são o rosto concreto da consagração e dão-nos a força para viver “em Cristo, o homem perfeito”: “Quem segue a Cristo, homem perfeito, também se torna mais homem”.   Não há verdadeira experiência de consagração se não se crescer em humanidade, porque os conselhos evangélicos contêm um profundo significado antropológico.

    O Papa Francisco nos lembra de nunca abandonar a profecia como possibilidade de viver o Evangelho aqui e agora, seja qual for a situação em que nos encontremos.   Nesta perspectiva, os conselhos evangélicos lembram-nos da própria humanidade de Jesus, a sua ternura, sua misericórdia, sua amizade, sua proximidade, sua obediência e seu viver pobre ... 

    Abraçar novamente a castidade significa deixar Deus abrir nossos corações para viver relacionamentos emocionais autênticos, aprendendo a amar o outro por si mesmo e não para nosso próprio ganho. Afeto casto é aquele que sabe viver um amor verdadeiro e profundo numa relação, que não se apodera do outro e não o explora. Esse amor libera o coração cada vez mais para amar a Deus e aos outros.

    Abraçar novamente a pobreza é recordar a nossa condição de criaturas frágeis e vulneráveis, necessitadas de tudo e, ao mesmo tempo, abrir o coração à partilha dos nossos bens, sejam eles pessoais ou materiais, com os que menos têm. Significa libertar o coração do materialismo e do mundanismo, para ser cada vez mais solidário e sensível às necessidades dos outros, esvaziando-se para nos enriquecer com a presença amorosa de Deus.

    Abraçar novamente a pobreza é recordar a nossa condição de criaturas frágeis e vulneráveis, necessitadas de tudo e, ao mesmo tempo, abrir o coração à partilha dos nossos bens, sejam eles pessoais ou materiais, com os que menos têm. Significa libertar o coração do materialismo e do mundanismo, para ser cada vez mais solidário e sensível às necessidades dos outros, esvaziando-se para nos enriquecer com a presença amorosa de Deus. 

    Abraçar novamente a obediência é envolver-se e recordar que a liberdade não se realiza na autonomia absoluta, mas sim no reconhecermo-nos como filhos do Pai, confiando-nos a ele, porque ele sabe do que precisamos. O caminho da obediência é o caminho seguro para nos entregarmos à vontade de Deus, exercitando “o disposto a tudo” como caminho de santificação. 

    No desejo de renovar os conselhos evangélicos, ressoe em nós o convite do Senhor para que nos deixemos "seduzir de novo e reconduzir à solidão", porque Ele quer falar ao nosso coração e tornar-nos sua propriedade. Abandonando-nos a ele no amor e na fidelidade, nos tornaremos cada vez mais humanos, com um coração grande e generoso, capaz de amar a todos sem distinção. 

    Senhor, renova em nós a consciência da nossa fidelidade aos conselhos evangélicos que professamos!

    “Renovar a consciência do chamado à fraternidade”

    A vida fraterna em comunidade é um dos pilares da nossa vida consagrada. Ao abraçar a vida religiosa, abraçamos os irmãos e irmãs que o Senhor nos dá para que juntos possamos nos tornar verdadeiros irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai. Vivemos tempos em que é urgente tecer a fraternidade com os ousados fios do amor recíproco e segundo a radicalidade a que o Evangelho nos chama.

    Nova fraternidade, que é sinal concreto de comunhão e profecia de esperança para o mundo, nos contextos em que nos encontramos vivendo a nossa vida e a nossa missão. Este novo tempo, repleto de desafios e mudanças, convida cada consagrado a ser, mais do que nunca, um construtor incansável de uma fraternidade autêntica e aberta.

    Percebemos, ou pelo menos deveríamos perceber, que algo deve mudar em nossa forma de ser e de viver a fraternidade em nossas comunidades. Urge uma fraternidade que tenha as vestes e o sabor evangélico da comunhão e da partilha, segundo o estilo das primeiras comunidades onde eram "um só coração e uma só alma", e onde "e não havia entre eles necessitados”. 

    O vírus do individualismo nos fez acreditar que a liberdade se identifica com a autonomia da pessoa, esquecendo que liberdade é relação e responsabilidade para com os outros. A fraternidade requer corresponsabilidade no cuidado mútuo gratuitamente.

    A fraternidade, que somos chamados a renovar e viver, será autêntica se fundada na profundidade das relações: “quem não ama a seu irmão que vê, não pode amar a Deus que não vê”. É um lugar onde o amor não revela uma boa intenção, muito genérica, mas se torna uma palavra, um olhar, um acolhimento. A missão específica dos Religiosos, com a opção pela vida consagrada e a consequente vida em comunidade, se expressa em ser construtores de comunhão na fraternidade.

    A vida consagrada em geral, e em particular para nós, consagrados da Obra, é um apelo a oferecer uma profecia de fraternidade. Sobretudo nos dias de hoje, as nossas relações fraternas e a aceitação da diversidade testemunham o valor de cada pessoa considerada irmão, irmã, que enriquece e confirma o nosso ser família, filhos de um só Deus Pai.

    Se esta fraternidade é autêntica, abre-se cada vez mais à partilha com os leigos na missão da vida do quotidiano. 

    Acolhamos esta ocasião da renovação dos votos para fortalecer o vínculo de uma verdadeira fraternidade, que se torna amizade na valorização e no cuidado de cada irmão e irmã. 

    Senhor, renove em nós a consciência do apelo à fraternidade, vivendo relações autênticas de amizade e fraternidade!

     “Renovar a consciência da nossa missão com os mais pobres e abandonados”

    A pandemia está deixando à margem da estrada uma série de pobres, que estão ficando cada vez mais pobres, cada vez mais invisíveis e sofrendo em sua solidão. A vida consagrada e especialmente nós, irmãos e irmãs da Obra, somos chamados a cuidar dos mais pobres, dos mais desfavorecidos da sociedade. O espírito puro e genuíno da Obra exige que o amor pelos pobres e abandonados seja critério operativo e discernimento prático. 

    Ir às novas pobrezas, aquelas que não entram nos “sistemas” e geram os descartados da sociedade, envolve um processo de conversão mental e espiritual, que nos impele a assumir novas atitudes, tanto do ponto de vista pessoal como institucional. A criatividade necessária é a que vem do Evangelho, que nos convida a responder com audácia às novas pobrezas de hoje. 

    Para Pe. Calabria, pertencer à Obra está intimamente ligado à necessidade de cuidar dos pobres. Ele reuniu e motivou seus primeiros colaboradores, irmãos e irmãs, a viverem juntos uma relação fraterna: “antes de tudo olhar-se como irmãos ...”, para depois cuidar das crianças pobres e abandonadas. A fraternidade e a missão com os pobres são duas características que nos distinguem no ser Obra.

    Na vida consagrada, na proposta de Jesus e do Reino de Deus, o amor é tudo. Não há nenhuma outra finalidade - pelo menos deveria ser - fora do amor. E este amor é tão decisivo e fundamental que Jesus sempre traduz o amor com caridade concreta e atenção compassiva para com o outro. Amar significa cuidar, e cuidar significa fazer algo concreto para erguer a vida do outro que se encontra na necessidade.

    São muitos os rostos de pessoas solitárias, de situações que encontramos em nossas realidades em que vivemos. Renovar a consciência da missão com os mais pobres significa verificar-nos, hoje, quanto à nossa atitude, como religiosos e religiosas, para com os pobres e necessitados. Reconhecer onde estamos e onde deixamos os pobres é um passo importante para revitalizar e qualificar nosso serviço, nossa missão de cuidar das pessoas, mas também nosso modo de vida e nosso estilo de vida. 

    Senhor renove em nós a consciência de nossa missão com os pobres, para que o contato direto com eles mude nossas atitudes e nossas certezas!

    "Renovar a consciência de começar de novo a partir de Cristo para ser Evangelho vivo"

    Nossa vida consagrada tem um fundamento: Cristo. E é precisamente por isso que devemos voltar sempre a Ele, renovar a nossa relação pessoal com Ele, para receber deste encontro pessoal com Cristo a capacidade de viver um novo estilo de vida. 

    Se olharmos para a história da Igreja e da vida consagrada, percebemos que toda conversão de mentalidade e retorno ao frescor evangélico e profético passa por um retorno a Cristo. “Sim, é necessário recomeçar a partir de Cristo, porque os primeiros discípulos da Galileia se afastaram dele; Dele, ao longo da história da Igreja partiram homens e mulheres de todas as condições e culturas que, consagrados pelo Espírito em virtude do chamado, deixaram por ele as suas famílias e a pátria e o seguiram incondicionalmente, colocando-se à disposição para o anúncio do Reino e de fazer o bem a todos (cf. At 10,38)”.  

    Quando Cristo ocupa o centro das atenções e do afeto em nossa vida, nosso estilo de vida abraça Sua maneira de ser, viver e servir; Sua missão se torna nossa. O Padre Calábria recorda-nos também como é decisivo para nós, consagrados e consagradas, recorrer a esta busca contínua de Cristo e do santo Evangelho vivido. “Voltar a Cristo, praticar o Evangelho com absoluta coerência, isto é para nós e para todos o apelo premente e urgente destes eventos”. 

    Senhor, renove em nós a consciência e o desejo contínuo de partir de Cristo de novo para ser Evangelho vivo e sinal concreto do seu amor no mundo!

    Conclusão

    Irmãos e irmãs, que este convite do profeta Oséias ressoe em nossos corações: “Eis que vou seduzi-la novamente, vou conduzi-la ao deserto, falarei ao seu coração. Lá ele me responderá como nos dias de sua juventude…”. Acolhamos a oportunidade da renovação dos votos como tempo de graça: o Senhor quer seduzir-nos de novo e conduzir-nos ao deserto da nossa vida e interioridade, para que possamos, com a força da sua graça, responder mais uma vez ao seu chamado, que é um chamado para sempre. 

    Como caminho concreto de preparação para a renovação dos votos, proponho viver intensamente a festa litúrgica de São João Calábria e os dias da Novena, que terão como tema: “Voltar ao Evangelho para ser luz de esperança " Na semana ou dias anteriores a 8 de dezembro de 2021, sugiro dedicar um dia a um retiro espiritual comunitário, seguindo o caminho que será proposto por ocasião deste importante evento.

    A Virgem Imaculada, Dona da Obra e São João Calábria nos ajudem a enfrentar os desafios do tempo presente, vivendo os Conselhos Evangélicos, para uma nova consciência do nosso chamado e vocação à autenticidade do amor.

    Rezai por mim, recordo-vos na minha oração e vos acompanho com o meu afeto paternal e fraterno. 

    Padre Miguel Tofful, psdp

    8 de Setembro de 2021
    Festa da Natividade da 
    Bem aventurada Virgem Maria

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